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Enviada em: 14/09/2019

O mercado externo é cada vez mais influente nos rumos políticos de países em desenvolvimento. Por ter sua economia voltada principalmente para o agronegócio, o Brasil se enquadra nessa conjuntura. As exportações de produtos agrícolas são um dos principais fatores que fomentam o produto interno bruto do país tupiniquim e por isso áreas gigantescas são usadas pelo agronegócio. Entretanto, um dos problemas dessa forma de desenvolvimento é que a produção de alimentos para o mercado interno fica em segundo plano, o que dificulta que pessoas de baixa renda tenham acesso a eles. A consequência dessa situação é a má distribuição de alimentos e a subnutrição de uma grande parcela da população, o que é um grave problema social que deve ser resolvido.    Um país que na divisão mundial do trabalho depende de commodities para fazer sua economia crescer tende a estar à mercê do mercado externo, pois é ele que irá determinar os rumos produtivos da nação. Em virtude disso, grande parte da produção mundial de alimentos fica comprometida, pois os países se preocupam mais em atender as demandas externas do que internas e isso traz consequências  sérias como: concentração de terra e falta de alimentos para população.      No Brasil, por exemplo, em momentos em que não se compensa produzir, grandes latifúndios ficam abandonados e inutilizados, o que, além de especular o valor da terra, é um crime segundo a constituição de 1988, que determina que imóveis rurais devem cumprir sua função social ou estarão sujeitos a desapropriação. Entretanto,  a falta de comprometimento do governo federal em fiscalizar e desapropriar imóveis irregulares dificulta que pequenos agricultores tenham acesso à terra. Além disso, a carência de estimulo e de fomento ao pequeno agricultor por parte dos órgãos federais também é um empecilho a sua atividade produtiva, e é aí que está um dos principais motivos para a subnutrição da população, pois, segundo dados do jornal Rede Brasil Atual, 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro provém da agricultura familiar. Com o impedimento direto e/ou indireto dessa  produção, o preço dos alimentos aumenta e seu comércio tende a se concentrar nos grandes centros urbanos, dificultando que pessoas de baixa renda tenham acesso a eles, causando assim subnutrição.    Destarte, estimular a agricultura familiar é essencial para que a população possa ter acesso a alimentos baratos e saudáveis. Por isso, cabe ao Ministério da Agricultura aumentar o número de fiscais no campo os colocando para trabalhar em conjunto com a polícia rodoviária e federal na identificação de terras improdutivas, por conseguinte é necessário desapropriar essas terras e disponibiliza-las a pequenos produtores. Alem disso, cabe ao governo federal disponibilizar crédito ao pequeno agricultor para que ele consiga produzir mais e assim democratizar o acesso a alimentos.