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Enviada em: 27/09/2019

A teoria Malthusiana, desenvolvida no século XVIII, pregava que ao longo do tempo a produção de alimentos se comportaria como uma progressão aritmética, enquanto a população cresceria em progressão geométrica, o que traria a escassez de comida. Entretanto, Malthus não contava com o grande desenvolvimento tecnológico que estava por vir, e hoje de acordo com a Organização das Nações Unidas o mundo produz alimentos suficientes para nutrir toda a humanidade. Contudo, essa não é a realidade, a fome é um problema global que se tornou submisso ao avanço do capitalismo, na estrutura atual é preferível gerar lucros mesmo que seja em detrimento da população carente e em condição de subnutrição, que muitas das vezes não resistem a esse sistema.       Primeiramente, é importante ressaltar que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas por ano no mundo. Tal quantidade seria suficiente para nutrir a população em situação de fome, entretanto, iria contra a lei da oferta e da procura: a grande disponibilidade desses produtos reduziriam seus preços, diminuindo assim os lucros de grandes agricultores e empresas. Ademais, no Brasil, que é o segundo maior exportador de alimentos do mundo, de acordo com a FAO, cerca de 2,5% da população sofre com a fome, o que reafirma a tradição colonial do país de abastecer a "metrópole" enquanto a "colônia" sofre com suas necessidades negligenciadas.            Consequentemente, a parte da população que mais sofre é aquela que não possuí condições para adquirir alimentos para sua subsistência. Essa situação gera inúmeros danos humanos e sociais. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 15 pessoas morrem por dia vítimas da desnutrição no Brasil. Além disso, a falta de alimentos e a pobreza são enormes obstáculos para a ascensão social desses indivíduos, torna-se difícil o acesso à educação de qualidade e ao mercado de trabalho. Desse modo, a má distribuição de alimentos auxilia no processo de manutenção da pobreza e, consequentemente, da fome.         Portanto, para mitigar as mazelas causadas pela distribuição defeituosa de alimentos no mundo são necessárias que algumas medidas sejam tomadas. Cabe ao Ministério da Cidadania criar campanhas de nutrição às pessoas necessitadas, por meio da criação de restaurantes comunitários que fornecem uma alimentação balanceada, supervisionada por nutricionistas, para assim retirar esses indivíduos da situação de subnutrição, e consequentemente, os oportunizar melhores condições de vida. Além disso, o Ministério da Economia deve estabelecer programas de redistribuição de rendas por meio de impostos arrecadados de empresas privadas e assim garantir o poder de compra da população carente.