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Enviada em: 01/06/2018

Segundo Aristóteles, filósofo grego, pessoas virtuosas são aquelas que têm domínio de seus desejos e satisfazem suas necessidades de forma equilibrada. O vício seria então o exagero ou a carência, seria o desequilíbrio próprio. Muitas pessoas, hoje, se veem com poder da automedicação, mas mal sabe elas os problemas que isso pode gerar. O desenvolvimento das superbactérias, ou a aparição de novas doenças, são duas das principais consequências da falta de especialistas na vida humanitária.        Ainda nesse contexto, a ANVISA registrou, em 2012, quase 10 mil casos de resistência bacteriana aos remédios. Tal fato ilustra a irresponsabilidade humana quando são autorizados a usarem remédios por conta própria. Assim, pessoas esquecem da importância da prescrição médica, e buscam ajuda apenas nas horas mais complicadas. Neste momento, ao invés de utilizarem médicos ou especialistas, a internet se torna uma grande ajudante, já que está sempre em todo lugar e não leva custo. Porém, no mesmo nível que ela pode ajudar a resolver os problema, também pode facilitar a dispersão e a resistência deles.       Nesse sentido, o medicamento que era para ser algo benéfico, adquire a função inversa, ou seja, enquanto ele poderia estar matando bactérias, ele só está modificando-as para serem mais destrutivas. Entretanto, este problema não ocorre necessariamente apenas em pessoas, apesar de serem o principal alvo. As superbactérias podem se desenvolver na agricultura ou até na pecuária. Contudo, todos os lugares que elas se encontrarem, é por um simples motivo: uso descontrolado de remédios.        Diante do exposto, faz-se necessária a realização de mudanças na perspectiva do homem a respeito do uso de antibióticos. Com essa visão, ONGs devem levar à público qualquer tipo de motivação para as pessoas buscarem ajuda médica nesses momentos. Outrossim, as mesmas devem divulgar as consequências da automedicação, principalmente na internet - local de maiores buscas por auxilio - a fim de diminuir o numero de mortes causadas por doenças que poderiam ser curadas. Apenas assim, o medicamento pode não ser considerado um vilão e as virtudes não serem transformadas em vícios.