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Enviada em: 08/04/2019

Em julho de 2018, foi detectada em Londres, a presença de uma super bactéria com os mesmos sintomas de uma doença chamada clamídia. A clamídia é uma doença sexualmente transmissível, que provoca dores, inflamação pélvica - e em casos mais graves -, a infertilidade da vítima. Esse é apenas mais um dos casos noticiados de uma bactéria que se tornou resistente aos antibióticos, e que assusta os cientistas do mundo inteiro. Torna-se urgente debater as prevenções que a medicina tomará no futuro, e como as pessoas deverão ser instruídas a cuidar da própria saúde.   Primeiramente, é necessário entender a origem dessas novas bactérias: o antibiótico age no organismo visando eliminar as bactérias que estão prejudicando a saúde do indivíduo. Paralelamente, observa-se a seleção natural de Charles Darwin, que explica como as formas de vida se adaptam ao ambiente na qual estão expostas, vê-se que essas bactérias se adaptam aos antibióticos. Por conseguinte, esses medicamentos deixam de fazer efeito, enquanto a nova geração de bactérias adquire resistência aos remédios. Indubitavelmente, a tendência é que o problema cresça exponencialmente, à medida em que cada vez mais pessoas se automedicam buscando suprir a falta de qualidade no serviço público ofertado pelo Estado.       Em virtude dos fatos, a OMS (Organização Mundial de Saúde) já considera as super bactérias como as novas ameaças globais em relação a saúde pública. Conforme a última pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade, o Brasil é recordista mundial em automedicação. O levantamento mostrou que 72% dos brasileiros se medicam por conta própria, alastrando ainda mais o problema. Inquestionavelmente, todas as negligências estatais atingem as classes menos favorecidas, em conjunto com a falta de atendimento básico e a falta de instrução nas escolas, de certo, estas pessoas serão as primeiras a sofrer caso o governo não tome as devidas atitudes visando amenizar a situação.     Diante do exposto, urge que o Estado tome as medidas necessárias para lidar com o problema. Em primeiro lugar, o Ministério da Saúde deve tomar ações em conjunto com os estados e municípios, em busca de melhores condições em hospitais e a construção de novos centros de atendimento. O Ministério da Educação, necessita instruir desde cedo nas escolas os riscos da auto-medicação e quais os problemas que ela pode trazer ao futuro da civilização humana. De certo, com as atitudes corretamente encaminhadas do Estado, será possível evitar o alastramento desenfreado das super bactérias, enquanto os especialistas do mundo inteiro trabalharão em conjunto, buscando evitar novas manchetes globais como a noticiada em Londres, no ano passado.