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Enviada em: 26/08/2019

Em 1928, o cientista britânico Alexander Fleming ao estudar a bactéria Staphylococcus aureus, acidentalmente criou o primeiro antibiótico, a penicilina. Porém, com o passar dos anos, foi descoberto uma variedade de bactérias, cada uma com suas características, além disso, assim como nós, elas evoluíram, se adaptaram, e sofreram mutações com o passar do tempo, requerendo assim, novos antibióticos. Contudo, o uso inadequado desses fármacos geram superbactérias, que são agentes patogênicos, que por sua vez, possuem características de serem resistentes a maioria dos antibióticos. Dessa forma, o seu uso indiscriminado através da automedicação ou antibioticoterapia sem necessidade, gera um epidemia mundial silenciosa, causando complicações irreversíveis, principalmente nos hospitais, em pacientes imunodebilitados.     Em janeiro de 2009, a modelo Mariana Bridi, de 20 anos, foi parar no hospital com uma infecção urinária, que a princípio, segundo médico do hospital onde a modelo estava internada, seria uma infecção com bactéria de virulência resolvível, acabou que Mariana contraiu uma bactéria resistente que gerou muitas complicações a sua saúde, como dificuldade respiratória, amputação de mãos e pés, infecção generalizada e óbito. Casos como esse hoje em dia são comuns, visto que o hospital é um ambiente na qual existem uma grande variedade de bactérias, e muitas deles possuem características adaptativas e de resistência antimicrobiana.    Portanto, a intervenção por parte do estado é fundamental pois é uma forma de melhor controlar o uso dessas medicações. Portanto, em setembro de 2015, nos EUA, um documento assinado pelo presidente Barack Obama propõe um plano nacional de ação para supervisionar e limitar o uso dos antibióticos, além disso, o documento propõe aumento de verba para pesquisa para desenvolvimentos de medicações e vacina. Reduzindo assim, a propagação desses agentes.    Visto tudo que já foi dito, é fundamental a participação do estado na proposta de minimizar os impactos da multirresistência bacteriana, tanto através de estímulos a pesquisas e desenvolvimento de medicações, quanto através de campanhas e projetos de conscientização populacional a respeito dos impactos negativos da automedicação. Além disso, alertar a comunidade científica e médica sobre os riscos da antibioticoterapia sem necessidade, faz parte desse processo. Portanto, a conscientização populacional, aliada a pesquisas científica podem nos tirar da crise da multirresistência bacteriana.