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Enviada em: 30/09/2019

A descoberta da penicilina em 1930 por Alexander Fleming, a qual teve eficácia comprovada no tratamento das infecções durante a 2ª Guerra Mundial, revolucionou a história da medicina. Essa descoberta parecia ter, definitivamente, eliminado as mortes por doenças infeciosas. Contudo, essa premissa foi quebrada com o surgimento das bactérias resistentes aos antibióticos. Isso é o resultado do uso abusivo da automedicação.        inicialmente, acreditou-se na erradicação das doenças bacterianas. Assim sendo, óbitos prematuros como dos romancistas Cassimiro de Abreu e Castro Alves, acometidos pelo mal do século, ou seja, tuberculose, não voltariam acontecer. Entretanto, o uso descontrolado de medicamentos, por meio da automedicação, fez surgir superbactérias que vêm progressivamente aumento no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse fato é responsável pelo falecimento de 23 mil pessoas por ano no país. Destarte, percebe-se que a conduta do ser humano é a responsável pelo agravamento do problema.        Diante desse cenário, o homem foi obrigado a buscar novos medicamentos e associações medicamentosas. Esse sucesso da medicina contra as bactérias estacionou na década de 1980. Conforme a OMS, desde o final do século passado a ciência não consegue desenvolver novos fármacos capaz de combater as cepas resistentes, enquanto elas continuam em mutação. Desse modo, é fundamental que o humano mude de postura em relação à automedicação para evitar o aumento desses micróbios, que retornaram a aterrorizar a humanidade.        Logo, depreende-se que a evolução das superbactérias é reflexo da ação humana. Portanto, o Ministério da Saúde, responsável pela saúde e bem-estar da sociedade, deverá enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que visa tornar mais rigorosa a venda de medicamentos, especialmente antibióticos. Para haver a eficácia da lei, os agentes de saúde atuarão nas comunidades como orientadores e fiscais. Assim, reduzir-se-á o números de mortes, no Brasil, provocadas por infecções persistentes.