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Enviada em: 15/04/2017

As superbactérias são capazes de resistir a uma grande quantidade de antibióticos, dificultando o tratamento e colocando em perigo a vida de pacientes em ambiente hospitalar. Um novo problema que coloca em risco a saúde da população mundial é o surgimento das chamadas superbactérias. Essas bactérias apresentam uma elevada capacidade de resistência aos antibióticos tradicionalmente usados para tratamento dessas infecções. Elas possuem a impressionante capacidade de inativar esses medicamentos.    As superbactérias normalmente são encontradas em ambiente hospitalar, aumentando os riscos das chamadas infecções hospitalares. A transmissão pode ocorrer de um paciente para outro através dos profissionais e equipamentos do hospital, sendo essencial, portanto, um isolamento desses pacientes e o treinamento dos funcionários.     Dentre as bactérias que mais apresentam casos de resistência, destaca-se a Staphylococcus aureus. A MRSA é uma variante dessa bactéria que apresenta resistência ao antibiótico chamado de meticilina. Ela é considerada a mais disseminada em todo o mundo e geralmente é encontrada em UTI (Unidades de Terapia Intensiva). Esse fato representa um grave problema, uma vez que os pacientes nessas unidades apresentam-se bastante debilitados, dificultando ainda mais o tratamento.     Em abril de 2014, um estudo publicado no The New England Journal of Medicine alertou para uma nova superbactéria do tipo VRSA (Vancomycin Resistent Staphylococcus aureus), que ficou conhecida por BR-VRSA (Conheça o trabalho clicando aqui!). Ela foi identificada em um paciente que estava internado no Hospital das Clínicas de São Paulo em 2012. A bactéria chama a atenção, pois, além de ser resistente à grande parte dos antibióticos, apresenta um genoma diferente das já identificadas. Seu material genético é herdado de bactérias encontradas fora do ambiente hospitalar, o que pode gerar um grave problema de saúde pública.