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Enviada em: 16/04/2017

Durante anos, milhões de seres vivos e humanos morreram por causa de infecções bacterianas, como a Gripe Espanhola, que matou cerca de 50 milhões de pessoas entre 1918 e 1920. Mas, em 1928, um médico descobriu um poderoso medicamento chamado Penicilina, capaz de curar infecções até então incuráveis, e mais tarde deram o nome a esse tipo de medicamento de antibiótico. Logo, por serem potentes remédios, foram pesquisados e descobertos vários outros. Entretanto, essas drogas foram e estão sendo usadas sem controle pela população, o que acarretou no surgimento de superbactérias, fortes micro-organismos resistentes à antibióticos. E que precisam ser combatidos.    Se o medicamento for usado somente quando indicado por um especialista e se o tratamento for cumprido rigorosamente, não há riscos de proliferações bacterianas. Contudo, há vendas indiscriminadas desses remédios pelo mundo. Muitas pessoas, ao ingerirem esse tipo de medicamento sem a prescrição médica, ou abandonarem o tratamento aos primeiros sinais de melhora, contribuem para o fortalecimento de bactérias. Porque, inicialmente, os antibióticos destroem os micro-organismos mais fracos, e os que causam infecções são mais fortes e como não foram destruídos completamente, se modificam e tornam-se resistentes a esse remédio.    E, segundo a OMS, se não houver um controle rigoroso da utilização de antibióticos, a população poderá ficar sem defesa contra as bactérias que causam infecções, e que 50% das receitas de antibióticos no mundo são inadequadas. Por conseguinte, a ANVISA restringiu em 2012 a venda deles. É obrigatório apresentar na farmácia a receita com duas cópias, uma fica no estabelecimento e a outra é devolvida. Porém, o comércio dessas drogas é um grande negócio. Em 2009, somente no Brasil gerou cerca 1 bilhão de dólares.    Portanto, medidas se tornam necessárias para resolver o impasse. A OMS deverá alertar à todos os países do planeta sobre o problema, orientá-los e ajudá-los no combate à ele. Como, regularizar e tornar mais rígida a venda de antibióticos em países em que o controle é precário; instruir médicos para fazê-los saber quando é realmente preciso prescrever um antibiótico; informar à população, por meio da mídia e de painéis em instituições de saúde de que o problema é sério, incentivando ela a pensar duas vezes antes de se automedicar; e pesquisar formas alternativas de combater infecções bacterianas, como vacinas e tratamentos alimentares. Assim, o povo ficará consciente de que deve zelar pela sua saúde, e que ciência também avança, e as superbactérias poderão não ser tão super.