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Enviada em: 14/04/2017

Superbactérias: uma futura pandemia?   Muito se tem discutido, nos últimos dez anos, a respeito das superbactérias, as quais são microrganismos mais resistentes aos antibióticos. Essa resistência se deve ao fato de que vivemos em uma sociedade que acha correto o uso da automedicação, abusando a quantidade de medicamentos ingeridos, isso afeta principalmente crianças e idosos, podendo levá-los a óbito, devido a debilitação gradativa do funcionamento dos órgãos. Além disso, os antibióticos são utilizados na agricultura e pecuária para o fortalecimento destes, contaminando-os quando servidos como alimento.   Com o descobrimento dos antibióticos, o homem saiu da fase onde simples infecções matavam milhares de pessoas. A medicina pôde se desenvolver e criar todo um sistema de luta contra estes microrganismos.   Entretanto, é de fundamental importância que todos saibam que não é possível acabar de vez a evolução das bactérias. Cada vez mais temos de criar antibióticos mais fortes para combatê-las. O problema é que elas estão evoluindo e se reproduzindo rapidamente, diferentes bactérias trocam informações e materiais biológicos entre si, podendo vir a transferir o DNA de uma à outra, fazendo com que elas fiquem ainda mais resistentes. Para piorar a situação, a indústria farmacêutica não tem recebido incentivos para a produção de novos antibióticos, nos últimos 30 anos, não houve grande progresso na criação de novos antibióticos. A estimativa, para 2030, de mortes anuais atribuídas à resistência a antibióticos de 4,73 milhões de pessoas na Ásia, contendo a maior quantidade de óbitos, a menor fica com a Oceania, contendo 22 mil mortes.   Em face a essa realidade, é imprescindível que todos se conscientizem que o uso de antibióticos na agricultura e pecuária e a automedicação são as principais causas das proliferações bacterianas. Devido ao pouco progresso no desenvolvimento de antibióticos que consigam combater as superbactérias, as soluções para esse problema são não utilizar remédios sem acompanhamento médico, criar animais de maneira correta, em locais menos precários e mais seguros para não haver a necessidade da utilização de antibióticos. Em medidas extremas, se ainda não for encontrada uma solução mais eficiente, teremos de utilizar coquetéis de antibióticos e substâncias mais tóxicas, das quais ainda não temos controle dos efeitos colaterais, porém, novamente, com uma prescrição médica.