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Enviada em: 12/04/2017

Superbactérias : reflexos da automedicação .  Quem nunca tomou um remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.  A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.  O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas.  Outro exemplo relevante é o uso abusivo de antibióticos, sem qualquer critério. Além de frequentemente ser desprovido de eficácia, pode facilitar o aparecimento de cêpas de microorganismos resistentes, com óbvias repercussões clínicas e prognósticas.  Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada. Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais. Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.  É importante que campanhas de saúde sejam realizadas para esclarecimento da população sobre os riscos da automedicação, e que haja melhoria nas condições de atendimento médico para a população em geral, que tanto sofre com o descaso na saúde por parte dos governantes.  Essas atitudes podem não resolver definitivamente o problema,mas ajudariam  muito a população e diminuiriam os casos fatais.