Materiais:
Enviada em: 14/04/2017

Os antibióticos estão perdendo a eficácia. O uso indiscriminado destes medicamentos após a descoberta da penicilina (1928), fez com que as bactérias criassem resistência a eles de forma muito mais rápida em relação ao processo que aconteceria de forma natural. Esse abuso pela população é o principal problema, mas também há um uso indevido de antibióticos na agricultura e na pecuária, de forma que a bactéria também possa se tornar uma superbactéria no futuro alimento e, somente depois de ingerida, ser transferida aos humanos.      As bactérias têm uma enorme capacidade de reprodução. Elas se dividem em duas a cada 20 minutos, em média. Quando há o uso inadequado de um antibiótico, sem acompanhamento, sem indicação de um médico ou abandonado aos primeiros sinais de melhora, pode ocorrer um processo de seleção, onde o medicamento ajuda a eliminar as gerações anteriores do micro-organismo, mas não atinge as novas, pois, através das mutações que sofreram, se adaptaram à ação do remédio.      Sem novas descobertas na área dos antibióticos desde 1980, se nenhuma atitude for tomada em relação à ação das superbactérias, dentro de algumas décadas não haverá mais eficácia nos medicamentos e haverá uma volta à era pré-antibiótico. Com o mundo globalizado, as bactérias logo se espalhariam e haveria uma pandemia. Conforme apontado em uma pesquisa da BBC, estima-se que, em 2050, cerca de 10 milhões mortes serão causadas anualmente por efeito de superbactérias.      Para combater tal problema, deve-se reduzir a utilização dos antibióticos através do uso consciente. A OMS (Organização Mundial da Saúde) pode preparar anúncios alertando o risco das superbactérias à população e os repassando aos países, de forma que cada um deles espalhe a campanha para as mídias e todos fiquem informados sobre o risco, que não é muito debatido, principalmente em países que estão em desenvolvimento, onde falta infraestrutura para um controle de venda mais rígido. Para reduzir o consumo na pecuária e na agricultura, o que falta é uma rígida fiscalização dos governos. Aumentar a pesquisa de novos medicamentos também é um ponto importante. O Fundo de Inovação Global pode oferecer incentivos financeiros para pesquisas e desenvolvimento. Reduzindo o consumo consegue-se diminuir a velocidade em que as bactérias adquirem resistência e, produzindo novos antibióticos, consegue-se aumentar o tempo disponível para a utilização dos mesmos.