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Enviada em: 15/04/2017

Os riscos da automedicação      O assunto “superbactérias: reflexo da automedicação?” pode ser analisado por meio das palavras do infectologista Marcos Antonio Cyrillo, que afirma que uso indiscriminado de medicamentos, sobretudo antibióticos, aumenta de forma considerável o risco de casos de superbactérias. O ato de se automedicar vem crescendo cotidianamente, gerando instabilidade na saúde popular.         Essas atividades frequentes de uso incorreto dos antibióticos fortificam as bactérias colocando o paciente, como também, toda a população em risco. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam 440 mil casos de tuberculose registrados todo o ano no mundo, e também, cerca de 150 mil mortes resultantes de infecções por superbactérias.       As superbactérias são organismos vivos que contraíram resistências aos antibióticos. O uso inadequado dos medicamentos em questão acelera os mecanismos de defesa das bactérias, perdendo a eficiência das medicações. Bactérias causadoras de doenças já vêm apontando sinais de estarem resistindo até mesmo aos mais novos antibióticos nos hospitais.         Em vista dos argumentos apresentados, é de extrema importância que fique notório que, caso não haja um controle rigoroso da utilização de antibióticos, a população poderá ficar sem defesa contra as bactérias que causam infecções. É função da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) garantir a proibição da venda de antibióticos sem receita médica, nas farmácias. Atualmente, esse mercado corresponde a R$ 16,4 bilhões e vende mais de 1 bilhão de unidades. Caso a ANVISA assegure essa regra, a venda de medicamentos de tarja vermelha (que precisam de receita médica) irá aumentar. Essa solução ainda pode adiantar a entrada de novos medicamentos sem norma no mercado, com isso, não seria preciso que cada fabricante entrasse com um pedido diferente, resolvendo grande parte dos casos citados.