Materiais:
Enviada em: 16/04/2017

Um novo problema que coloca em risco a saúde da população mundial é o surgimento das chamadas superbactérias. Essas bactérias apresentam uma elevada capacidade de resistência aos antibióticos tradicionalmente usados para tratamento dessas infecções. Elas possuem a impressionante capacidade de inativar esses medicamentos.       No Brasil, embora haja regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a venda e propaganda de medicamentos que possam ser adquiridos sem prescrição médica, não há regulamentação nem orientação para aqueles que os utilizam. O fato de se poder adquirir um medicamento sem prescrição não permite o indivíduo fazer uso indevido do mesmo, isto é, usá-lo por indicação própria, na dose que lhe convém e na hora que achar conveniente.       Em abril de 2014, um estudo publicado no The New England Journal of Medicine alertou para uma nova superbactéria do tipo VRSA (Vancomycin Resistent Staphylococcus aureus), que ficou conhecida por BR-VRSA. Ela foi identificada em um paciente que estava internado no Hospital das Clínicas de São Paulo em 2012. A bactéria chama a atenção, pois, além de ser resistente à grande parte dos antibióticos, apresenta um genoma diferente das já identificadas. Seu material genético é herdado de bactérias encontradas fora do ambiente hospitalar, o que pode gerar um grave problema de saúde pública.       Por serem extremamente difíceis de tratar, o ideal é prevenir esse tipo de infecção. Para que o surto de superbactérias diminua, é fundamental que a comercialização e o uso de antibióticos sejam controlados. A venda sem prescrição médica e a recomendação inadequada desses medicamentos são fortes aliadas no surgimento dessas bactérias resistentes. Além dessas medidas, é fundamental que se adotem programas cada vez mais eficazes de controle de infecções dentro dos hospitais, através do isolamento de pacientes e medidas de higiene.