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Enviada em: 01/05/2017

A bactérias, espécimes celulares mais primitivos, possuem influência singular na vida humana. Uma das prerrogativas dessa afirmação são as doenças bacterianas, as quais, atualmente, são comumente tratadas com antibióticos. Entretanto, o uso indiscriminado de fármacos auxilia no desenvolvimento de superbactérias, seres altamente nocivos ao organismo humano. Dentro dessa óptica, vê-se a automedicação um potencializador do desenvolvimento de micro-organismos patogênicos, interferindo seriamente na continuidade da sobrevivência humana.   Apenas em 1928 fora criado o primeiro antibiótico, a penicilina, encerrando uma era de mortalidade notável por interferência destrutiva de bactérias. A presença do agente químico na via biológica do homem suscita dois eventos simultâneos: a morte de uma parte dos antígenos e a perpetuação de outros que detêm a tomada do fármaco com ínfima. O segundo processo manifesta-se em proporção desconsiderável, em grande parte dos casos, o que caracteriza o sucesso dos tratamentos.  Nesse contexto, o uso não prescrito do medicamento cria uma seleção de seres resistentes, além das situações indicadas, o que potencializa o surgimento de patógenos de atuação mais incisiva no corpo humano e ainda com cura dificultada pela ineficiência de antibióticos atuais.   As informações apresentadas demonstram a gravidade da automedicação, podendo esta ser causadora de epidemias alarmantes. Enquadrada nesse cenário, vê-se, apreensivamente, a conjuntura brasileira em que, de acordo com o Instituto Ciência Tecnologia e Qualidade, 76,4% da população usa medicamentos fora do aconselhamento médico. Este dado denuncia a recente e ineficaz gestão de saúde pública, a qual possui lançamento em 1990 com a criação do SUS. Além disso, corroborando a tese weberiana que pode-se analisar uma sociedade através das ações individuais, denota-se uma população com baixo conhecimento científico e creditação no senso comum, uma vez que a automedicação é consequência da ausência de informação acerca da interatividade organismo-droga e manutenção de tradições orais. Confluente ao tópico comportamental, observa-se uma disponibilidade demasiada de medicamentos, derivada das intenções lucrativas da indústria farmacêutica.     Visando desestimular o processo criacional de superbactérias é imprescindível a atuação de Governo e sociedade para remodelação de padrões de ação. Compete ao Estado oferecer à população  um sistema de saúde acessível e qualitativo a fim de se instaurar uma política de proteção à saúde. Cabe a mesma entidade travar a acessibilidade facilitada aos remédios, por meio de legislação punitiva, com objetivo de findar a venda indiscriminada de tais. A sociedade, por intermédio da mídia e iniciativa privada, deve deter a automedicação informando suas preocupantes consequências.