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Enviada em: 03/05/2017

O surgimento de bactérias resistentes ao antibiótico de último recurso, a Colistina, gerou alerta na sociedade global sobre quais possíveis causas estariam acarretando o alastramento dessas mutantes. Nessa perspectiva, é perceptível que a automedicação humana e o uso do antibióticos nos animais de criadouros intensivos são os principais responsáveis por essa problemática. Por isso, cabe analisar de que modo os interesses econômicos da aristocracia embargaram a criminalização de tais atos.       A grande indagação que surge, então, é: de que modo a automedicação está envolvida no caso? Antes de ser uma prática proibida, no Brasil, as pessoas costumavam comprar antimicrobianos sem consulta prévia ao profissional de saúde e por não ser o medicamento correto para tal bacteriose, além das bactérias resistentes não morrerem ocorrem sua reprodução, por conseguinte, proliferação, esta intensificada pela falta de saneamento básico e baixo recursos hospitalares. Aliás, é relevante lembrar do vetor mais ocorrente no país, a KPC, a  qual vem sendo a grande causadora de mortes de pacientes hospitalares brasileiros. Em síntese, é preciso conscientizar a população sobre o problema da autoprescrição.       Outro ponto relevante a se discutir é o uso indiscriminado deste na pecuária. Não se pode negar que, nesse caso, tendo o Brasil como um dos maiores exportadores de carne do mundo- de acordo com o Mapa- a proteção dos animais contra os antígenos é essencial, a fim de que não haja prejuízos na arrecadação dos investidores. Todavia, torna-se imoral tal ação, pois, as autoridades já cientes das consequências, não tomaram nenhuma medida concreta, visto que são influenciadas pelos interesses financeiros dos magnatas da pecuária.       A partir dos argumentos apresentados, pode-se inferir que é preciso interromper o uso indiscriminado dos antibióticos. Logo, torna-se importante que a OMS organize projetos nos centros regionais do país visando conscientizar a população sobre a problemática. Ademais, é urgente que o legislativo crie leis sólidas para exterminar com a aplicação dos antimicrobianos nos animais de criadouros, posteriormente estes vão ser fiscalizador anualmente pela ANVISA, estando sujeitos a multas caso haja irregularidades. Com essas ações, acredita-se que evitará surtos de doenças bacterianas, promovendo, assim, o bem estar social.