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Enviada em: 08/05/2017

Uso descontrolado dos antibióticos    Atualmente, vivemos num mundo em que ao longo dos séculos a medicina foi evoluindo. Um importante marco nela foi a descoberta e criação de antibióticos no século passado, com o objetivo de tratar doenças fortes que antes não possuíam cura. No entanto, ao decorrer do tempo surgiram as “superbactérias”, elas são bactérias que provocam doenças patogênicas e que são resistentes aos antibióticos. Isso é consequência de erros cometidos por pacientes, como a automedicação, além de outras pessoas e atitudes.     Entre esses grupos, podemos destacar o setor agropecuário e sua influência no problema. Ao redor do mundo, existem bilhões de animais que vivem nas fazendas em condições muito ruins, com péssima higiene e mínimo espaço para se locomoverem. Isso favorece a proliferação de doenças e por isso são utilizados muitos antibióticos para que detenham o maior número possível delas. Tudo isso com o intuito de alcançarem o maior nível de produtividade que conseguirem. Quando consumimos a carne desses animais, estamos também ingerindo os medicamentos que foram dados a eles. Acrescentado com o fato de usarmos indevidamente os antibióticos, seja por meio da automedicação ou interrompermos o tratamento no meio, ajudamos para que as superbactérias desenvolvam resistência aos remédios. Sendo assim, esses medicamentos se tornam cada vez mais ineficientes à elas.     Além disso, médicos e hospitais também contribuem para as superbactérias. Pois, ultimamente, os clínicos estão receitando cada vez mais antibióticos nas consultas, sendo que este deveria ser a última opção. Prova disso é uma pesquisa realizada pela Deco, de 50 consultas quase um quarto delas foram receitados antibióticos de maneira desnecessária. Enquanto isso, os hospitais muitas vezes em péssimas condições de higiene, ajudam para que as superbactérias se proliferem dentro da clínica, atingindo os grupos mais vulneráveis (crianças, idosos, pessoas em pós-cirúrgico). Todos esses fatores citados, contribuem para que mais gente seja contaminada, fique doente e consequentemente morra.    Para isso medidas devem ser tomadas com o intuito de resolver o desafio. A conscientização nos pacientes e médicos atua como uma importante ação para que o problema seja tratado. O Ministério da Sáude e o Conselho Federal de Medicina em parceria com os hospitais e postos de saúde promoveriam, nesses locais palestras informando sobre as causas e consequências da automedicação (nos pacientes) e o ato de se prescrever antibióticos desnecessariamente (nos clínicos) ministradas por especialistas nesta área.