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Enviada em: 03/06/2017

Sabe-se que a década de 1970 deu origem ao movimento que ficou conhecido como Revolução Sanitária. Nesse contexto, evidencia-se a universalização do direito à saúde e paralelo à ela uma problemática ligada ao surgimento de superbactérias, canalizada pelos avanços tecnológicos. Isso ocorre não só pela comodidade do uso de antibióticos, mas também devido à utilização de forma indiscriminada desse remédio em animais de cativeiros direcionados ao consumo humano.   Observa-se que a vacina e os antibióticos revolucionaram a medicina e proporcionaram o controle de diversas epidemias. De fato, em muitos países esses medicamentos são prescritos livremente, fazendo com que as pessoas o utilizem de forma incorreta, no intuito de se livrar rapidamente da doença. Segunda Charles Darwin, as bactérias que não forem naturalmente resistentes ao fármaco serão selecionadas artificialmente pelo antibiótico e continuaram residindo no corpo da vítima. À vista disso, a globalização do mundo moderno permite criar uma infraestrutura adequada para uma perigosa pandemia. Como consequência da proliferação  dessas superbactérias, tem-se a sobrecarga do Sistema Único de saúde, gerando uma crise na saúde brasileira e a dificuldade no controle do aparecimento de novas doenças.   Outro fato que contribui para intensificar o problema das bactérias resistentes, é o constante uso de antibióticos em animais vinculados ao consumo do homem. Com efeito, para suprir uma demanda comercial elevada e produtos com preços acessíveis, as industrias alimentícias criam os animais em locais precários e sem higienização. Por conseguinte, essas áreas se tornam palco de doenças e exigem o uso desenfreado de antibióticos, o que contribui para formação de superbactérias nos animais. Tudo isso acarreta no consumo, por parte dos indivíduos sociais, de produtos derivados de animais contaminados, tornando esse um problema persistente no quadro de realidades mundiais.   Diante dos fatos mencionados, nota-se que o principal responsável pelo surgimento de superbactérias é a automedicação, que pode ser tanto pelo consumo humano quanto introduzido em animais. Sendo assim, faz-se necessário que a OMS promova campanhas, como atividades em praças públicas com o auxílio dos municípios, que conscientize a população sobre o risco de se automedicar e de ter uma boa alimentação, com o objetivo de aumentar a imunidade do corpo e reduzir o risco de se contaminar com viroses e doenças bacterianas. Além disso, a Anvisa deve intensificar as buscas por locais que fogem dos padrões de higienização, através da sociedade, que deve ser informada sobre os benefícios que terão ao auxiliar as organizações e vigilâncias sanitárias através de denúncias contra essas práticas, a fim de reduzir o aparecimento de novas superbactérias e garantir o controle da proliferação de doenças.