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Enviada em: 28/07/2017

A guerra contra as superbactérias    O termo 'superbactéria' tem sido empregado para explicar os microrganismos que adquirem resistência mesmo com o uso de antibióticos eficientes em outros casos. Isso pode acontecer por diversos motivos, mas o uso indiscriminado de remédios sem prescrição médica foi dado como a principal causa do problema, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda com base nessa pesquisa, a OMS relatou o assunto como uma possível ameaça global à saúde pública e deve ser tratado com cautela.     Atualmente, os riscos causados pela automedicação podem ser graves e até fatais, mas não impedem que pessoas com pouco ou nenhum acesso a centros de saúde decidam ingerir antibióticos e antivirais por conta própria. Porém, se isso acontecer em excesso ou de forma descontrolada pode ocorrer uma seleção natural, em que apenas os bacilos fortes e resistentes podem sobreviver. Desse modo, os mais aptos a sobreviverem naquele ambiente se reproduzem por conjugação, transferindo o DNA resistente à outras bactérias, infestando o organismo humano e provocando a morte.      Outro fator existente é a prática de muitos pacientes não persistirem com o tratamento antimicrobiano até o fim. Porém, quando há intervenção nesse tipo de recurso terapêutico, as bactérias se tornam ainda mais resistentes, pois não foi utilizada uma dose suficiente para suprimi-la. Dessa forma, entende-se como necessário a atenção da sociedade para a efetivação desses tratamentos a fim de evitar riscos de novas superbactérias.      Entretanto, não é só a ingestão descontrolada que pode causar o fenômeno. A adição de antibióticos na agricultura e pecuária para fortalecer o produto em questão e deixá-lo livre das bactérias pode causar danos ao organismo humano, porque os medicamentos podem resultar em efeitos resistentes aos bacilos encontrados no indivíduo. Além disso, por serem agentes oportunistas, as superbactérias afetam em sua maioria pacientes com o sistema imunológico debilitado, geralmente em hospitais superlotados, onde a chance de proliferação e contaminação é muito maior.         Em virtude do que foi apresentado, torna-se necessário o extremo cuidado e assistência aos atuais infectados e a toda sociedade, a fim de evitar o avanço das superbactérias. Portanto, campanhas da mídia devem alertar os riscos da automedicação e também do uso incorreto dos medicamentos, que podem causar danos ao organismo. Além disso, o investimento do governo em nanotecnologia é fundamental, já que esta proporcionou o desenvolvimento de nanopartículas capazes de destruir esse tipo de bactéria a partir de mecanismos próprios.