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Enviada em: 09/10/2017

A penicilina primeiro antibiótico descoberto no século XX revolucionou o tratamento de diversas infecções. No entanto, o uso indiscriminado desses medicamentos tem afetado severamente a população, uma vez que, as bactérias criam resistências podendo levar milhares de indivíduos à morte. Esses patógenos encontram na falta de diagnósticos precisos nas unidades de saúde, no desinteresse das indústrias em produzir novos antibactericidas e problemas no serviço público hospitalar vantagens para sua sobrevivência.    No Brasil cresce os registros de casos envolvendo bactérias resistentes a remédios nos hospitais do país. Segundo Marisa Gomes do laboratório de pesquisa em infecção hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), "A dificuldade para um rápido diagnóstico microbiológico dos agentes causadores da infecção leva a um tratamento sem a identificação da bactéria."Sendo assim, ao se ministrar  um antibiótico sem os devidos exames e procedimentos para o reconhecimento do microrganismo em questão elevasse os riscos do surgimento de uma superbactéria. Deixando pacientes e o restante da sociedade expostos a agentes desconhecidos.     Ainda nesse contexto o desinteresse das indústrias farmacêuticas em desenvolver novos antibióticos aumenta a insegurança na realidade brasileira. Os empresários voltam seus recursos para remédios mais lucrativos como os de doenças crônicas. Já para se produzir um novo antibiótico  torna-se necessário muitas pesquisas e grandes investimentos financeiros tornando o processo muitas vezes inviável.    Outro significativo fator são as crises econômicas que afetam setores indispensáveis na sociedade. A saúde pública brasileira enfrenta seus piores momentos, onde vemos uma crescente parcela populacional sem assistência medica eficiente, hospitais que não tem capacidade de prestar bons atendimentos, falta de equipamentos para exames o que acaba levando as pessoas a se automedicarem com frequência.    Portanto, a automedicação é um problema de amplitude mundial por ameaçar milhares de indivíduos e deve ser tratado com a devida atenção pelos órgãos de saúde. Devendo a Organização Mundial da Saúde (OMS) promover campanhas mundiais de prevenção  as superbactérias em hospitais, escolas e universidades com profissionais de diversas áreas. E incentivar a criação de um fundo mundial de pesquisas de novos medicamentos que conte com investimentos de todas as nações e assim produzir novos medicamentos.