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Enviada em: 05/09/2017

Durante a primeira Guerra Mundia, o escocês Alexander Fleming ao notar algo diferente em uma das laranjas perto de suas experiências constatou a proliferação de um princípio ativo capas de combater determinadas bactérias, mais tarde, nomeado de Penicilina. A partir dessa descoberta, a procura por novos antibióticos e sua utilização frequente tornou o planeta dependente do mesmo. Dessa forma, devido a fatores históricos e contemporâneos, o uso indiscriminado vem gerando problemas relacionados ao surgimento de bactérias resistentes à esses remédios.     Referindo-se à história, sempre foi comum a falta de informação e o pouco cuidado governamental relacionado à saúde. Durante o início do período republicano, com a Revolta da Vacina, ficou evidente a falta de iniciativas por parte do governo em manter a população conscientizada sobre as questões sanitaristas. Consequentemente, na sociedade atual, o pouco acesso à esse tipo de conhecimento ainda persiste, fazendo com que haja o uso irresponsável de medicamentos sem prescrição médica, como no caso dos antibióticos, que vem aumentando o número de doenças bacterianas resistentes, devido ao uso constante e em massa por parte da população.      Nesse contexto, no mundo contemporâneo, o excesso de antibióticos não se encontra apenas na forma de remédios em farmácias convencionais. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o controle de pragas e doenças em plantações e criação de animais também faz com que boa parte da população os consuma sem saber através de agrotóxicos e remédios destinados à animais. Desta maneira, o alto teor desses medicamentos na indústria do agronegócio torna a população vítima da dependência dos antibióticos e do fortalecimento das doenças perante seu uso.       Sendo assim, pode-se concluir que, para solucionar o problema da diminuição da eficácia dos antibióticos devido á automedicação e ao uso excessivo, é necessária a atuação do Ministério da Educação e da Cultura (MEC) em conjunto com a Anvisa. O MEC fica responsável por recolhimento de dados históricos que relacionem à auto medicação com o surgimento de bactérias resistentes, para que assim, possa elaborar aulas obrigatórias nas escolas com o intuito de conscientizar a população sobre os problemas ao tomar medicamentos sem prescrição médica. Já a Anvisa, de intensificar a fiscalização nos setores da agropecuária e agricultura com o objetivo prevenir que alimentos com excesso de antibióticos cheguem ao mercado e prejudiquem a população a longo prazo. Além de incentivar produtores orgânicos a ampliarem os locais de venda para que haja outras alternativas de alimentos mais saudáveis.