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Enviada em: 19/09/2017

A criação da penicilina em 1830, por Flaming, significou um marco na história da medicina e contribuiu para sua evolução. Desde então, novos antibióticos foram criados e possibilitaram o tratamento de diversas infecções bacterianas, evitando milhares de mortes. Atualmente, observa-se um uso indiscriminado e excessivo desse medicamento, causado, em grande parte, pela automedicação. A consequência desse uso é o aparecimento das superbactérias, que podem levar a muitos óbitos.       A princípio, deve-se levar em conta alguns dos fatores que levam o indivíduo a se automedicar. Hoje, com a rapidez e facilidade no acesso à informação que a internet proporciona, percebe-se um aumento no número de pessoas que buscam essa ferramenta para tomar conhecimento de sua situação de saúde em vez de procurar um médico. No Brasil, onde o acesso aos serviços públicos de saúde é difícil e demanda longas esperas, esse aumento ainda se justifica para evitar os gastos com as consultas particulares. O resultado disso é que muitos começam a se tratar sozinhos pela automedicação que é desnecessária muitas vezes.     A consequência desse uso inadequado de medicamentos, quando se trata de antibióticos, é o surgimento das superbactérias. Isso é explicado pela teoria da seleção natural de Darwin, ou seja, dentro de uma população de bactérias, algumas são mais resistentes ao antibiótico e sobrevivem a ele, assim, são selecionados e transmitem essa característica aos descendentes. O problema disso é que o antibiótico perde sua eficiência, não tratando mais a doença e o indivíduo pode vir a óbito. Pesquisas já apontam que 10 milhões de pessoas podem morrer em 2050 vítimas dessas bactérias.     Diante do exposto, fica evidente a necessidade de espaços para que esse cenário não se torne realidade, o que significaria um retrocesso de todos os avanços trazidos pelos antibióticos. Para isso, a mídia, como formadora de opiniões, pode por meio de propagandas, divulgar os perigos da automedicação e indicar que busque-se o médico, já que ele é o mais preparado para indicar o tratamento de cada um. Além disso, pesquisas devem ser realizadas pela comunidade científica em busca de novos antibióticos para combater as superbactérias.