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Enviada em: 28/09/2017

"O ser humano é livre e responsável,cabe a ele o seu modo de agir".A frase do filósofo Jean-Paul Sartre,filósofo francês,parece fazer alusão ao comportamento humano na contemporaneidade,especialmente na atual sociedade do "menor esforço",onde a corrida contra o tempo do dia a dia parece inferir cada vez mais no modo de agir da população.Nessa perspectiva,é cabível analisar os tópicos diversos que a automedicação engloba,bem as causas e consequências da questão das superbactérias no âmbito da saúde pública nacional.      Em primeiro lugar,com o advento da globalização,principalmente,o ser humano vem,cada dia mais,dedicando menos tempo para cuidar de sua saúde,seja indo ao médico,seja se alimentando  de maneira adequada.Nessa conjuntura,surge o problema da automedicação,em que ao ficar doente,o indivíduo acaba ingerindo substâncias que já ingere de costume,por exemplo,ou receitadas por um próprio vizinho que já sentiu os sintomas e indica o medicamento.A publicidade midiática e a Internet,de fato,também são permeadoras dessa tangente que,mesmo com a existência de legislações que as regulamentem,ainda apresentam negligências,tendo em vista que incentivam a ingestão indiscriminada de medicamentos por meio de propagandas e de informações das substâncias medicamentosas.      Em segundo lugar,cumpre destacar que a ingestão indiscriminada de medicamentos,sem a devida orientação médica,acarreta problemas de saúde maiores,como ocorrência das superbactérias.Os medicamentos como principais agentes nocivos respondem por 20% dos casos de intoxicação humana anualmente,segundo a Sinitox(Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas).Os antigripais,antidepressivos,antiinflamatórios e antibióticos são os que mais intoxicam e matam,sendo,também,os mais consumidos pela sociedade.Nessa ótica,a falta de assistência em determinados bairros com baixa remuneração econômica e a falta de orientação necessária são fatores que também convergem para a automedicação,levando o indivíduo a ingerir quaisquer substâncias em que ele acredita ser o suficiente para combater seu devido problema de saúde,mas acaba desenvolvendo,sem saber,na maioria das vezes,um problema de saúde ainda maior.     Logo,é imprescindível que o Poder Público intervenha por meio da criação de métodos de consciência ética,através de palestras com instruções a todas as camadas sociais,bem como o auxílio médico aos bairros mais pobres.Cabe ao Governo,também,a fiscalização nos mais variados meios midiáticos,bem como a cobrança de multas ao incentivo e à venda de compostos sem prescrição médica.Por  fim,a sociedade,junto às instituições educativas,deve se conscientizar,objetivando uma educação voltada ao senso crítico,extirpando,por meio disso,os reflexos da automedicação.