Materiais:
Enviada em: 28/09/2017

Sem controle  No século XX, o biólogo inglês Alexander Fleming descobriu a penicilina, um medicamento eficaz para deter doenças bacterianas. Anos após o primeiro antibiótico, são utilizados desde o tratamento de um simples resfriado até graves doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, o uso desenfreado de antibióticos pelos pacientes ocasiona a seletividade de superbactérias.  Em primeiro lugar, é importante verificar que o uso exagerado de antibióticos é a principal causa do fortalecimento desses microrganismos. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), somente em 2012, foram registrados quase 10 mil casos de bactérias resistentes a remédios nas UTI’s do país. Assim, o uso inadequado de medicamentos e sem controle médico pode matar bacilos essenciais à proteção do corpo e deixar as pessoas suscetíveis a bactérias mais fortes e eficazes. Além disso, outro exemplo é quando uma pessoa interrompe o tratamento antes do prazo, os organismos mais fortes continuam no local e se tornam mais perigosos.  Por outro lado, é crucial entender que o sistema de saúde, a mídia e as escolas tem sua parcela de culpa. O primeiro deve-se aos médicos que fazem prescrições inadequadas e muitas vezes desnecessárias. Assim como, segundo reportagem do fantástico, no Brasil, pouquíssimos hospitais têm equipamentos para identificar exatamente qual bactéria está provocando a infecção, e o antibiótico adequado pra combatê-la. Por isso, na maioria das vezes, os profissionais da saúde prescrevem com base apenas no exame clínico e o paciente desenvolve resistência ao medicamento. Não obstante, outra falha é a falta de informação dada às pessoas, tanto pelas mídias como pelas escolas, a maior parte da população não sabe o que é uma bactéria, como se reproduz, como se desenvolve no corpo e muito menos os efeitos dos antibióticos.  Fica claro, portanto, que é preciso uma ação em conjunto para evitar um maior número de superbactérias. Por isso, cabe informar à população sobre os perigos das bactérias e da importância do uso adequado dos antibióticos, a mídia por meio de folhetos, programas televisionados e anúncios nas redes sociais e as escolas por meio de palestras, debates e aulas. Assim também aos médicos cabe reduzir a prescrição inadequada, pelos pacientes, para reduzir a automedicação. Também ter hospitais bem equipados, laboratórios bem equipados capaz de dar informação mais adequada faz parte da estratégia de reduzir a resistência. E por último, cabe à sociedade, reduzir a utilização dos antibióticos para o bem não apenas próprio, mas da população mundial. Assim médicos, mídia e sociedade em conjunto podem combater essa proliferação descontrolada das bactérias e evitar doenças trágicas.