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Enviada em: 02/10/2017

Cada vez mais frequentes, não só no Brasil mas em todo o mundo, as superbactérias – bactérias resistentes aos antibióticos conhecidos – são certamente resultado do uso indiscriminado de medicamentos.        Os antibióticos são medicamentos cujo desenvolvimento significam extremo progresso para a humanidade. Utilizados no tratamento e controle de infecções bacterianas nos seres humanos, nos animais e em plantas, seu uso adequado, de acordo com especificações técnicas, é de extrema valia para a vida no planeta.       Segundo reportagem vinculada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária registrou quase 10 mil casos de bactérias resistentes nas UTIs do Brasil em 2012, sendo que no país já foram encontradas todas as bactérias constantes em alerta da Organização Mundial de Saúde.        Podendo causar de simples diarreias a sepse, que pode levar o paciente à morte, o cenário torna-se mais alarmante quando se leva em consideração dados da Organização Mundial de Saúde, os quais indicam que a partir de 1990 não houve progresso no desenvolvimento de novos medicamentos antibióticos.        De acordo com a Review on Antimicrobial Resistance, estima-se que as superbactérias causarão a morte de cerca de 10 milhões de pessoas no ano de 2050 em todo o mundo.        Levando-se em consideração esses aspectos, é necessário que políticas públicas sejam adotadas em todo o mundo. Deve-se controlar a venda de antibióticos para uso humano e também agropecuário, com fiscalização constante e adequada. Ao mesmo tempo, os consumidores devem ser bem instruídos quanto à dose e duração do uso da medicação. Campanhas publicitárias devem ser feitas para conscientizar a população da responsabilidade de cada um, tanto na criação quanto na prevenção do problema e suas graves consequências.