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Enviada em: 07/10/2017

Há séculos atrás, em tempos conhecidos como como era pré antibiótico, acontecia de cerca de 43% da população mundial morrer por infecção bacteriana, porém em 1928 Alexander Fleming notou que ao redor de um mofo, que são fungos, as colônias de bactérias diminuíam ou desapareciam e nessa relação de amensalismo biológico estava descoberta a penicilina, substância antibacteriana. Depois da década de 30 o mundo conheceu os benefícios dos antibióticos sintéticos e viu-se então uma revolução na medicina e na humanidade, pessoas não morriam de tuberculose por exemplo. Por isso o medo de viver sem antibióticos é enorme, porém infelizmente os medicamentos mal administrados e usados erroneamente e excessivamente estão a criar "superbactérias" e isso é muito perigoso.         Por quê bactérias resistentes a antibióticos existem? A resposta é muito simples, todo ser vivo carrega dentro de si os códigos genéticos que formam o genoma, o mesmo é mutável, ou seja, sofre mudanças de acordo com condições ambientais, que podem sim alterar as informações, logo medicamentos mal administrados não matam os patógenos, muito pelo contrário, eles selecionam os mais resistentes ou os torna assim mudando o seu material genético ao invés de matá-los. Portanto esse problema está diretamente ligado a negligência ou ignorância humana sobre o assunto.       Tomando consciência da ignorância populacional que as pessoas demonstravam sobre o assunto, estudiosos e pesquisadores fizeram um estudo para confirmar o que já suspeitavam. A pesquisa feita em 12 países e com um público total maior que 10 mil pessoas concluiu que: 60% dos entrevistados acreditavam que antibióticos curam gripes ou resfriados, o que é um absurdo! Mas o pior estava por vir quando ao fim analisando os dados puderam inferir que 1 em cada 3 pessoas, que corresponde a 32% dos avaliados no questionário, largam os medicamentos quando apresentam melhoras e esse é um dos maiores "fabricadores de superbactérias".O antibacteriano tem de ser tomado corretamente e o fato dos sintomas diminuírem não quer dizer fim de problema, mas sim uma melhora do mesmo.      Infelizmente, a grande população de países em desenvolvimento não tem conhecimento algum de infectologia ou de administração de fármacos. Ocorre o famoso "efeito manada" nessas nações a ideia que se dissemina é de tomar um medicamento porque outra pessoa tomou e melhorou, logo todos obteriam sucesso ou então aplicar nos animais porque eles engordam, a ignorância prejudica tudo e as bactérias continuam a ficar resistente. O Ministério da Saúde junto com o MEC deve pressionar os cursos de saúde a ensinar os alunos a forma correta de administrar antibióticos e os riscos envolvidos, além de impor sanções aos estabelecimentos que vendem antibióticos sem prescrição médica ou veterinária. E palestras populares feitas por agentes de saúde para levar o conhecimento aos leigos.