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Enviada em: 14/10/2017

O uso da razão afasta o indivíduo do seu estado de ignorância, segundo o filósofo grego Platão. Nesse contexto, observa-se o surgimento de superbactérias como reflexo da falta de conhecimento no uso de antibióticos. Analisando esse cenário, nota-se uma problemática na automedicação realizada pela sociedade, sendo um desafio ético a ser enfrentado.        Os seres humanos se consideram capazes de se automedicar, a partir dos primeiros sintomas manifestados as pessoas já começam usar medicamentos que acham ser corretos e param de usar no tempo que consideram adequado. De acordo com a reportagem do programa Bem-estar, da emissora de televisão Rede Globo, 76,4% dos brasileiros têm o habito de automedicação.        Além disso, existe uma grande facilidade no acesso aos medicamentos, sendo essa uma das principais causas do uso indiscriminado. É exigido por lei a presença de farmacêuticos nas farmácias, para assim controlar a venda sem receita médica e orientar os pacientes sobre o perigo do uso incorreto dos medicamentos, como o antibiótico.       Por consequência, a automedicação acarreta no surgimento de patogênicos como as superbactérias comuns. A Organização Mundial da Saúde reconheceu esse microorganismo como um grande problema de saúde pública.        Portanto, é imperativa a atuação estatal a partir de políticas públicas que visem garantir a ética. O Ministério da Saúde deve vistoriar a liberação de medicamentos sem prescrição médica, punindo as farmácias e hospitais que realizarem esse ato. A educação, como ação modificadora da realidade, cabe promover palestras de conscientização aos pais e alunos, com auxílio de profissionais qualificados que expliquem as consequências do uso indevido de antibióticos. Só assim será possível atingir uma sociedade ética, justa e sustentável.