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Enviada em: 22/10/2017

Segundo o Neodarwinismo os seres vivos sofrem mutações genéticas para se tornarem mais adaptados ao meio. Esse processo ocorre naturalmente durante o ciclo de vida dos animais. Entretanto, nas bactérias, um fator artificial e usado de maneira indiscriminada tem provocado mutações: os antibióticos. Tais mudanças, ironicamente provocadas por insumos produzidos pela medicina( ciência em prol da saúde),estão tornando as bactérias mais resistentes, principalmente aquelas prejudiciais aos humanos. Logo, é preciso haver  uma conscientização quanto aos perigos da automedicação.     Em primeiro lugar, o imediatismo é um grande propulsor da automedicação. De acordo com Zigmunt Bauman as pessoas estão tornando-se impacientes e agindo sem nenhuma reflexão justamente por estarem inseridas num mundo globalizado, ou como denominou o sociólogo, 'líquido", onde tudo flui rapidamente. Sob essa perspectiva, suportar incômodos físicos até passar numa consulta médica não é um hábito de muitos brasileiros e, consequentemente, na corrida do dia a dia optam pela automedicação. Contudo, essa medida indiscriminada e paliativa pode trazer malefícios, a longo prazo, para a saúde de seus praticantes e para a humanidade como um todo, com o estímulo ao surgimento de superbactérias.   Espontaneamente, a natureza  gera superbactérias, pois a seleção natural é constante e busca manter vivos apenas os mais adaptados. Como exemplo disso, há os agentes etiológicos(causadores) da Sífilis e Gonorreia que potencializaram seus sistemas de defesa. Devido a essa potencialização, o tratamento e controle de tais enfermidades estão cada vez mais difíceis, pois os medicamentos tornaram-se obsoletos. Para alarmar, o uso indiscriminado de antibióticos tem gerado mutações em bactérias dentro do organismo humano, deixando-as mais resistentes. O consumo excessivo de medicamentos faz com que o corpo acostume-se e adapte-se à droga, logo, rapidamente, os usuários precisam consumir doses maiores de remédios para sentir o efeito. Em decorrência disso, os seres vivos dentro do sistema humano ao estar continuamente em contato com colaboradores do sistema imunológico, criam fortes mecanismos de defesa contra as drogas medicinais. Assim se dá a criação pelos próprios humanos de seres que ameaçam sua existência.   Em vista disso, em busca da preservação da espécie humana é preciso promover uma conscientização sobre o problema. Para isso, ONGs podem realizar palestras nas comunidades, ministradas por médicos e farmacêuticos que expliquem as más consequências da automedicação. Ademais, a mídia pode veicular campanhas desestimuladoras do consumo de remédios por conta própria. Assim, as superbactérias se tornarão seres completamente surreais.