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Enviada em: 19/01/2018

O surgimento de bactérias resistentes a antibióticos se tornou um grande problema de saúde pública, o uso indiscriminado desta classe medicamentosa está diretamente ligado à resistência. Infecções que eram tratadas com determinados antibióticos estão se tornando intratáveis, isso porque, algumas bactérias desenvolveram resistência que inativam esses medicamentos. Por exemplo, enzimas betalactamases que inativam o anel betalactâmico, que confere ação antimicrobiana às cefalosporinas. O uso incorreto de antibióticos tanto ocorre na população quanto em instituições de saúde. Uma simples dor de garganta não diagnosticada por um médico como infecciosa, muitas vezes é tratada com antibiótico comprado em farmácias que não respeitam às regras para venda, como à retenção de receita.  De outro lado, acontece o uso de antibióticos de amplo espectro como primeira escolha, para tratar infecções hospitalares que poderiam ser resolvidas com medicamentos menos potentes, o que também pode propiciar o surgimento de resistência bacteriana. Em 2011 a ANVISA restringiu à venda de antibióticos através da RDC nº 20 em todo Brasil, exigindo receita para compra em farmácias e o controle por meio de sistema computadorizado. Porém, ilegalmente, antibióticos ainda são vendidos sem receita, sobretudo, em pequenos estabelecimentos em bairros afastados do grande centro, onde a fiscalização é menos intensa. À atuação governamental na fiscalização de farmácias é de suma importância, aumentando o número de fiscais, exigindo à presença do farmacêutico em período integral nas farmácias, que são quem controlam às receitas. As instituições de saúde investindo em aprimoramento de médicos e dentistas em prescrição antimicrobiana, afim de diminuir o uso incorreto de antibióticos. O Serviço de Controle de Infecções Hospitalares presente nas grandes instituições de saúde, precisa ser efetivo e atuar em 100% dos casos que envolvam o uso de antimicrobianos.