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Enviada em: 19/06/2018

Karl Marx acerta, ao dizer que é preciso modificar o mundo, afinal, ainda hoje os profissionais da saúde e as industrias empregam indiscriminadamente o uso de antibióticos. Um olhar em direção à realidade permite concluir que viver em sociedade é buscar valores sempre coletivos. Nesse sentido, é fundamental compreender como reduzir o amplo emprego de antibióticos no agronegócio e em ambientes hospitalares.        É valido considerar de início que Hobbes, em sua obra "O Leviatã", afirma que vive-se em um contrato social, devendo esse ser incentivado e vigiado por um Estado forte. Nesse contexto, a ausência de Leis que limitem o uso dessa categoria medicamentosa e a falta de investimento em soluções mais baratas e seguras contribui para o aparecimento de novas doenças, visto que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, 70% das novas doenças são de origem animal. Assim, evidencia-se a urgência do desenvolvimento de novas técnicas de controle de doenças no setor agropecuário.        Importa lembrar, também, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária constatou que 75% das prescrições de antibióticos estão equivocadas. Dito isso, é evidente que o aumento de superbactérias no ambiente hospitalar é algo evitável, pondo em grave risco os pacientes e os profissionais da saúde atuantes e dificultando o tratamento desses enfermos. Portanto, compreende-se a necessidade de uma revisão nos protocolos terapêuticos.        Convém, então, pensando em saúde pública, que o Senado Federal, por meio de Lei, exija que empresas agropecuárias invistam parte de seu capital na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e reduzam gradualmente o uso de antibióticos, até 50% do valor inicial, a fim de evitar o aparecimento de novas doenças. Paralelamente, o Ministério da Saúde deve reformular os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, por meio de consulta com o Conselho Federal de Farmácia e Medicina, com o intuito de evitar erros em prescrições que contribuam para o desenvolvimento de resistência bacteriana. Por fim, seguindo o pensamento de Karl Marx, serão proporcionadas modificações no mundo.