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Enviada em: 29/05/2018

Com a criação do facebook por Mark Zuckerberg, no ano de 2004, observa-se que o processo de conectividade global se tornou ainda mais intenso, revolucionando os meios de comunicação anteriores. Entretanto, é perceptível que o fenômeno da popularização de redes sociais trouxe consequências negativas para o público, como por exemplo, a exposição excessiva de adultos e crianças nessas mídias, bem como a necessidade de exibicionismo na esfera virtual. Assim, para evitar o cyberbullying e outros entraves suscitados por essas tecnologias, medidas  devem ver elaboradas.        Sob a ótica filósofica de Aristóteles, o ser humano comporta-se como um animal político, necessitando de viver em comunidade e estabelecer relações afetivas com outros indivíduos. Consoante a isso, nota-se que os relacionamentos estabelecidos virtualmente são baseados na busca por aceitação própria, sendo usados mecanismos como ostentação de bens, modificação da aparência real e estabelecimento de opniões falsas com o fito de obter tal prestígio social. Essa necessidade de ser notado é corroborada por pesquisadores da universidade alemã Humboldt, ao afirmarem que 20% das pessoas sentem-se chateadas quando sua ostentação não é suficientemente notada pelos amigos.        Atrelado à esses fatos, verifica-se que a exposição exagerada de fotos e informações pessoais nessas mídias, além de representar um perigo para a segurança individual, ainda pode gerar episódios de constragimento público, como o cyberbullying. Nesse viés, o racismo contra a filha do ator Bruno Gagliasso, em que comentários ofensivos foram feitos nas fotos da garato com o casal, em 2017, comprova o perigo da publicação de imagens de crianças, no contexto virtual vigente. Além do fato mensionado, o Comitê Gestor da Internet divulgou que aproximadamente 25% dos jovens possuem perfis públicos nas redes comunicacionais, podendo ser visualizados por qualquer pessoa interessada.                Diante do exposto, fica claro que a superexposição midiática representa um fator de risco para a manutenção da privacidade individual. Buscando solucionar esse entrave, é imprescindível que o Ministério da Justiça, apoiado pelo Poder Judiciário nacional, crie delegacias especializadas na investigação de crimes virtuais, principalmente aqueles envolvendo o cyberbullying ou apreensão de informações privadas. Isso deve ser feito por meio da contratação de mais profissionais do ramo judicial, objetivando agilizar o serviço de investigação e amenizar os prejuízos suscitados por tais infrações. Ademais, é papel do próprio indivíduo privatizar seus perfis nas redes sociais, tomando o máximo de cuidado possível com o conteúdo das postagens diárias, para evitar que episódios de constrangimento público