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Enviada em: 14/07/2018

"O ser humano é aquilo que a educação faz dele". A frase do filósofo Immanuel Kant faz alusão ao importante papel da educação na formação do cidadão. Nessa perspectiva, a superexposição nas redes sociais no Brasil, é um problema que perpassa sobre a ausência de uma orientação pedagógica relacionada ao assunto na formação acadêmica do indivíduo em consonância com uma falha na instrução familiar.         Em princípio, as redes sociais são ferramentas produzidas para facilitar processos entre seus usuários, por exemplo, anúncios de eventos, avisos urgentes entre pessoas distantes. Entretanto, uma grande parcela da sociedade brasileira utiliza as redes sociais para o exibicionismo, modismo, em busca da popularidade virtual alheia. Nesse sentido, o cidadão que expõe de maneira excessiva seus momentos particulares, como resultado acaba não aproveitando as relações interpessoais.           Outrossim, o vício em se expor na internet tem seu início no ambiente familiar durante o processo de crescimento do indivíduo, visto que na maioria das situações desde a infância a criança não tem a estipulação de regras pelos pais. Nesse ínterim, a pessoa acaba apossando-se desse mal hábito durante toda sua vida, repetindo a atitude expositiva em ambientes coletivos. Ademais, em locais como escolas e universidades não se têm a moderação e orientação necessária para combater esse óbice.       A superexposição nas redes sociais no Brasil, portanto, trata-se de uma mácula com suas raízes na omissão das relações interpessoais e na falha da orientação familiar e pedagógica. Sendo assim, faz-se necessário que o Ministério da Educação implemente projetos de aulas na grade curricular, em que participem os alunos, professores, familiares dos alunos e psicólogos especialistas no assunto, a fim de combater esse vício. Além disso, a Família deve impor limites nesse tipo de exposição desde a infância da pessoa, para formar um cidadão mais ponderado.