Materiais:
Enviada em: 26/10/2018

Na peça "Hamlet", William Shakespeare faz seu protagonista indagar-se sobre a sua verdadeira existência.. Analogamente, a frase "Ser ou não ser, eis a questão" mostra-se presente num contexto, em que as mídias sociais proporcionam ao usuário uma possibilidade de ser quem ele bem entender. Sob essa ótica, compreender os riscos da exposição demasiada às mídias é substancial para a promoção de resoluções, uma vez que os crimes virtuais de sujeitos anônimos, os quais vão desde o bullying até a pedofilia são notados.    É preciso considerar, antes de tudo, que com a ascensão da Terceira Revolução Industrial, o meio técnico-científico-informacional consolidou-se e a nova geração passou a ter meios tecnológicos que a possibilite ter novas interações. Todavia, do mesmo jeito que as pessoas têm maior integração na rede, essa experiência também proporciona a violação moral dos usuários, a julgar pelo praticante reguardado no anonimato. Nessa conjuntura, o cyberbullying, que é a intimidação e a hostilidade do sujeito no espaço virtual, faz-se presente. Tal ocorrência é explanada pelo site Estadão, o qual demonstra que um em cada quatro jovens já sofreu ofensas na internet. Pretexto esse que deve ser contrariado com medidas públicas para combate ao uso desregulado dos meios de comunicação social.    É válido ressaltar, ainda, que a internet oferece uma exibição acentuada dos utilizadores, o que ajuda em atividades criminosas. Sob esse panorama, o historiador Leandro Karnal destaca que atualmente o corpo social grita para ser observado, à medida que está sempre sozinho. Nesse sentido, para amenizar esse isolamento, a comunidade está cada vez mais a evidenciar suas vidas pessoais. Por esse ângulo, casos de pedofilia são observados, haja vista que o indivíduo atraído sexualmente por crianças encontra a facilidade de exibição e a falta de proteção dos menores nas redes. Prova disso, é o estudo divulgado pelo site Circuito, o qual enfatiza que mais de 70% das meninas sofrem investidas pela web. Em vista disso, urge a ação direta de ministérios para atenuar esse problema sócio-cultural.    Evidencia-se, portanto, que a superexposição da população na rede de computadores pode ocasionar em atentados contra a dignidade da mesma. Para contrapor essa situação, cabe ao Ministério da Educação instruir as escolas acerca do oferecimento de palestras e aulas de ética, a fim de ensinarem os seus alunos sobre a construção de empatia, de maneira a evitar crimes de ódio no meio cibernético. Outrossim, a Polícia Federal deve rastrear computadores de criminosos, com a ajuda de empresas de tecnologia, para que a lei contra pedófilos seja garantida, ao passo que os julgamentos sejam rápidos e as penas exemplares. Destarte, o Estado garantirá ao indivíduo seu direito de expressão nas mídias sociais, assim como Hamlet expressava suas indagações, sem medo de sofrer alguma contenda.