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Enviada em: 01/11/2018

Quando a Internet foi criada, em 1969, no contexto da Guerra Fria, ela tinha sua funcionalidade atrelada a bases militares. Hodiernamente, com o advento das redes sociais, ela se tornou um veículo de exibição da vida e do cotidiano. Diante dessa perspectiva, não há dúvidas de que a superexposição no ambiente virtual é uma grande característica do Brasil contemporâneo; a qual ocorre devido ao desejo incessante de ser objeto do olhar alheiro e que tem como consequência o aumento do número de sequestros dos cidadãos.       Em princípio, a pós-modernidade trouxe para a sociedade a banalização da autoimagem. Por esse ponto, o que é visto hoje, segundo Guy Debord, é a “sociedade do espetáculo”, na qual a vida é mediada pelas imagens – as pessoas precisam da sensação de fama, popularidade e desejo. Sob esse viés, é por causa dessa intenção de serem aceitas, amadas e “curtidas” que as pessoas se expõem, constantemente, em Facebook e Instagram, sem analisar as causas emocionais dos seus atos. Nesse sentido, é essencial mudar a mentalidade fútil da população a fim de resolver essa problemática.       Por consequência dessa superexposição, há uma maior facilidade de investigar e sequestrar os indivíduos. Sabe-se que, de acordo com o Jornal O Globo, houve um sequestro de uma criança de 6 anos, em 2014, vítima da grande exposição de informações nas redes sociais. A partir disso, fica claro o quanto essas práticas no ambiente virtual afetam diretamente a segurança e a privacidade dos cidadãos. Portanto, é de extrema importância trazer as medidas protetivas do dia-a-dia no intuito de melhorar esse cenário.       Destarte, infere-se que ainda há entraves no controle da exposição na Internet. Cabe, então, as mídias televisivas do mundo, em parceria com órgãos de saúde e psicólogos, criar campanhas socioeducativas, para todos os cidadãos, acerca da necessidade de preservar-se e do quanto é inconsequente e irracional expor-se, diariamente, nas redes sociais, com o objetivo de modificar o pensamento frívolo dos seres humanos. Aliado a isso, os órgãos legislativos de todos os países devem criar novas leis protetivas e punitivas com a finalidade de proteger quem já se expõe e punir os bandidos oportunistas. Assim, o Brasil poderá superar tais desafios.