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Enviada em: 25/04/2019

Carpe diem trata-se de um lema muito utilizado pelos poetas árcades, que preconizavam que o momento presente deveria ser desfrutado intensamente. Pode-se observar no contexto moderno a inversão desse valor, uma vez praticados pela sociedade, por um novo estilo de vida: o estilo de vida das redes sociais. Atualmente, gasta-se muito tempo planejando a foto perfeita, o texto impecável ou a selfie mais bonita. Tal grau de superexposição e vivência dedicada aos números de seguidores prejudica o desenvolvimento de relações humanas sólidas e a saúde mental dos usuários.  Primeiramente, o tempo que se gasta atualizando e compartilhando nas redes sociais torna as relações humanas rasas. Uma vez que os contatos são realizados online e com pouca proximidade, torna-se mais difícil estabelecer relações profundas, devido à falta de inserção no contexto no qual aquele indivíduo está inserido, o qual é, na maioria das vezes manipulado para atender as expectativas dos seguidores.  É importante apontar que a manipulação da realidade pelos usuários, com o objetivo de passar a ideia de vidas perfeitas e bem-sucedidas é causa de grandes transtornos psicológicos, quanto para esses, quanto para seus seguidores. Depressão, frustração e ansiedade são alguns dos resultados da busca incessante por aprovação e afeto por meio de número de likes e seguidores, como também da comparação entre si e os demais usuários, os quais apresentam sua vida por um espectro exibicionista e não concreto.  Portanto, é possível relacionar a superexposição dos indivíduos na internet como gatilho para relações menos duradouras e distúrbios psicológicos criados a partir da idealização das vidas alheias. Assim, torna-se imprescindível educar os novos usuários para uma exibição mais realista e humana, com o objetivo de aproximar, de fato, perfis e seus seguidores por meio da identificação com o outro indivíduo, e não com um personagem. Para isso, cabe as mídias como televisão e internet abordarem o assunto através de filmes, documentários e propagandas. Ademais, as escolas também devem inserir a discussão em palestras para os jovens, principais usuários das redes sociais, com o intuito de orientar o uso saudável desses meios de comunicação tão disseminados, mas também potencialmente problemáticos.