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Enviada em: 03/07/2017

A ampliação do quantitativo populacional utilizador das ferramentas de comunicação, declarado no relatório da ITU- União Internacional de Telecomunicações-, não pode ser visto, hodiernamente, como uma mera questão política. De fato, a intensificação da exposição virtual está conectada ao crescimento dos indicadores de depressão e dos crimes enquadrando invasão de privacidade.Destarte, ações sinérgicas por parte dos órgãos sociais são necessários a fim de difundir o uso coerente das redes sociais.      Nesse sentido, na Guerra Fria, os Estados Unidos da América, com o fito de alastrar o modelo ideológico capitalista, enraizou no pensar global o padrão de vida americano, roupas de marcas famosas, as melhores festas, os melhores ofícios, automóveis. Logo, a população passou a se alto avaliar, tendo como fundamento a comparação da vida individual a de outrem. Nesse contexto, a demasiada exposição nas redes sociais propicia que muitos estabeleçam um paralelo entre suas vidas pessoais e a de terceiros, terminando sentindo-se inferiores por não possuírem o veículo do ano, as melhores vestimentas, a ocupação ideal. Amplia-se, com o tempo, o número de casos de depressão, apontada pela OMS-Organização Mundial da Saúde- como a doença do século resultando da insatisfação com a vida.       Ademais, por constituir um espaço sem fronteiras, não existe um poder centralizado com plenos poderes para determinar uma legislação aplicável a toda a rede mundial de computadores. Com isso, os delitos virtuais amplificam-se constantemente e repreensões são por pouco irreais. Dessa forma, ao se dispor dos instrumentos de informação é útil acautelar-se no que tange a divulgação de informações pessoais para não tornar-se vítima de crimes, conforme retratado no filme "Confiar". Na película, uma jovem, ao ao manusear as mídias sociais, firma vínculos afetivos com um homem passando-se por adolescente e ao combinar um encontro no centro de convenções é forçada a estabelecer relações sexuais e tem suas fotos intimas compartilhadas.        À vista disso, urgem ações por parte do governo, da mídia, das escolas e famílias, a fim de difundir o uso  correto do meios informacionais. Para tanto, a mídia deve alertar a população no tocante aos riscos da exposição em  demasia nas redes sociais, por intermédio de ficções engajadas que retratem delitos virtuais. Ademais, se valendo do diálogo diário e aberto pais e professores devem trabalhar nas crianças  a concepção de que a felicidade não está ligada a bens materiais. Por fim, os governos devem, por intermédio da ONU,  criarem  uma instituição internacional responsável por criar uma legislação para a rede mundial de computadores.