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Enviada em: 13/07/2017

A contemporaneidade, marcada pela globalização e pelo avanço tecnológico, permitiu a reconfiguração das relações interpessoais no universo da internet. Nesse viés, propicia-se a superexposição dos indivíduos em redes de convivência virtual, favorecendo possíveis problemas sociais e de segurança pública.                         Em primeira análise, é válido ressaltar os reflexos da superexposição no meio social. A esse respeito, relaciona-se a expressiva vulnerabilidade afirmada pelo exibicionismo exacerbado, em que os hábitos cotidianos, os lugares frequentados, a família e os amigos tornam-se rastros e alvos para golpes financeiros, sequestros, atentados, além da utilização da imagem para fins indevidos, como episódios de banalização da dignidade e pornografia.                 Na esteira do processo de constante afirmação da imagem no meio virtual, alude-se à padronização dos comportamentos, principalmente entre os jovens, no século XXI. A essa conjuntura, Adorno, sociólogo que estudou a Indústria Cultural, salienta que a mídia cria estereótipos comportamentais que tiram a liberdade de pensamento dos espectadores, forçando imagens, muitas vezes errôneas, nas mentes. Como corolário dessa constatação, sustenta-se um modo de diversão remodelado e a exposição individual na internet torna-se uma tarefa instantânea, inerente e normatizada pela massa.                   Torna-se evidente, portanto, os problemas relacionados à superexposição midiática. Sendo assim, é primordial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre as instituições de ensino e políticas públicas. As escolas devem traçar medidas em prol da mudança de comportamentos, com debates críticos em salas de aulas, palestras e seminários que envolvam especialistas, alunos e familiares. A partir disso, é imperioso a orientação e o aconselhamentos dos indivíduos em relação aos riscos da internet, enfatizando a cautela e a filtração do conteúdo exibido. Em adição a isso, o governo precisa promover propagandas publicitárias que simulem as possibilidades diante da exposição, em redes de televisão e em cartazes em locais públicos. A articulação dessa pluralidade é imprescindível para a suscitação de maior segurança nas relações virtuais.