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Enviada em: 25/08/2017

Em busca da aceitação       Com o advento da internet, a comunicação escalou e ultrapassou as barreiras geográficas, possibilitando até o contato do ocidente com o extremo oriente - uma forma de treinar a alteridade. Mas, a popularização das mídias sociais transformaram-nas em um meio de obter status e lucro. Por isso manipular fotos e fatos tornou-se comum e até mesmo esperado, pois o que vale no virtual não é o real, mas sim a perfeição. E há quem leve isso ao extremo.       Análogo a isso, uma pesquisa feita pela Amdocs, com jovens entre 15 a 18 anos, mostrou uma triste realidade: 54% acreditam que seus celulares os tornam mais legais. O alarmante, nessas situações, é a percepção de que para manter o status de "populares", eles são capazes de manipular perfis para se adequarem ao gosto dos usuários daquela rede. A problemática é até "onde" o falso vira real, e a essência do adolescente se perde para o padrão aceito.       Por conseguinte, sendo o país com mais usuários das redes sociais na América Latina - dados do eMarketer - a exposição é usada para ser moeda de troca, e o câmbio é feito com a aceitação. Em decorrência disso, muitas pessoas usam as mídias como diário, esquecendo que é um espaço público, aberto a julgamentos e a opiniões, nem sempre sadias. O que de certa forma pode prejudicar a saúde mental dessas pessoas. Consequentemente, bandidos podem se utilizar dessa superexposição, tanto para atrair suas vítimas, quanto para usar material livre na internet - usando fotos compartilhadas para inserir em sites difamatórios e de conteúdo adulto, causando vergonha e medo para as vítimas.       Inegavelmente, o governo precisa alertar a população para os riscos dessa superexposição, através de propagandas publicitárias, mostrando os efeitos negativos. Por conseguinte, a mídia - detentora de informação - deve usar suas telenovelas, abordando situações em que o mau uso das redes sociais podem trazer malefícios aos usuários. A família, como núcleo de exemplo e ensino, deve alertar seus adolescentes e crianças, ensinando-os a usar de maneira consciente e responsável, mostrando que cada palavra má, pode ser usada como um gatilho em outra pessoa. A comunidade deve atrair as famílias - junto com a escola - para práticas ao ar livre, palestras, exercícios da vida off-line - com essa junção será possível, a longo prazo, efetivas mudanças nas relações interpessoais e virtuais.