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Enviada em: 21/09/2017

Facebook. Instagram. Snapchat. O número de redes sociais voltadas para o compartilhamento de informações pessoais, como a rotina, cresce exponencialmente. Isso, acompanhado do uso exagerado do meio virtual, leva à reflexão a cerca das consequências que essa nova realidade pode causar.     Em primeiro lugar, é necessário entender um dos fatores que gerou o hábito de expor-se constantemente. Sabe-se que desde sua origem, a mídia exerce grande influência nos indivíduos, tendo esse poder utilizado  até para a manipulação de pessoas, como no contexto nazista. Esse papel e o aparecimento da mídia social, em que famosos são pagos para divulgar produtos, induz o público a imitá-los e comprar tais objetos, acarretando numa mania exibicionista e suas consequências.     Dessas implicações, a menos falada, porém mais perceptível é o estabelecimento de uma disciplina social. Nesse caso, a análise foucaltiana de panóptico ganha outra dimensão. Inicialmente pensada para presídios, a disposição de celas ao redor de uma torre central, capaz de observar e punir qualquer desvio de norma, é o mecanismo ideal para correção de presos, pois o conhecimento de que alguém o observa e pode castigá-lo instaura disciplina nele. O mesmo acontece com as redes sociais. A exposição exagerada e a ideia de ser constantemente observado obriga o usuário a agir corretamente para não sofrer represálias.     Desse modo, fica claro que o exibicionismo virtual pode ajudar a manter a ordem social mas também aliena o indivíduo. Para que este problema não ocorra, os meios de comunicação devem conscientizar sobre o uso excessivo através de debates e reportagens. Ademais, a família deve controlar a utilização da internet com monitoramento. Assim, garantindo um uso saudável, não é preciso se preocupar com o aumento do número de redes sociais.