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Enviada em: 27/09/2017

A Terceira Revolução Industrial foi marcada pela inserção da tecnológia nos âmbitos mais diversos do mundo, que por meio da globalização prometeu conectar todos em uma única rede: a internet. Em consequência, criou-se as redes socias que estampam o cotidiano de muitas pessoas. Entretanto tem se observado um  comportamento excessivo, de constante exposição pessoal, que demonstram os medos ,frequezas e deficiências do corpo social, possuindo urgência em serem modificados.        A superexposição das redes sociais é decorrente de um temor que acomete indivíduos no mundo todo, denominado pela Universidade Cornell, em Nova Iorque - EUA, como "Fear of missing out" - medo de perder - (FOMO). O FOMO, segundo a instituição,  ocorre devido a um mecânismo de defesa primitivo, presente nos seres humanos, que zela pela necessidade de se viver em comunidade e desenvolve aversão à total solidadão. Conseguinte, esse instinto se aplica às redes sociais, em que os usuários se expõe e compartilham informações pessoais por medo de perder, ou na tentativa de ganhar, espaço e relevância social, ao se colocarem à procura de amigos e companhia.       Além disso, esse comportamento é influenciado pela fragilidade das relações humanas. O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, intitulou a era atual como "Modernidade Líquida", em que tudo, inclusive o relacionamento interpessoal, é vulnerável e fluído, incapaz de ter constância e identidade. Sendo assim, tais plataformas digitais elucidam bem essas características, pois estão em constante mudança ao serem alimentadas pela superficialidade do homem pós-moderno, que apesar das frequentes postagens, não aprofunda e nem fortalece a percepção do outro. Para ilustrar, de 2015 à 2016, uma modelo francesa, juntamente com uma empresa que luta contra o alcoolismo, promoveram uma conta falsa no Instagram, com imagens glamourosas, mas regadas de bebidas alcoólicas, para demonstrar a debilidade dos laços humanos ao não perceberem os vícios mais explicitos. Durante esse ano, a francesa consegui milhares de seguidores, e nenhum deles se manifestou sobre o problema retratado.             Portanto, diante de tais fatos a sociedade precisa ser alertada sobre os fatores que contribuem para a  superexposição nas redes sociais, através de ONG's que promovam palestras e cursos, que mostrem à população os reais motivos que as levam a ter esses comportamentos, e venha desenvolver atitudes mais saudáveis perante a internet. Adicionado a isso, campanhas publicitárias, veiculadas a panfletos, televisão e outdoors, que incentivem o fortalecimento das relações interpessoais, a fim de amenizar o FOMO  e solidificar os laços fragilizados pela "Modernidade Liquída", para criar indivíduos seguros  e cooperativos.