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Enviada em: 23/10/2017

Com o advento da World Wide Web – a Internet –, a vida das pessoas foi extremamente impactada e sofreu inúmeras mudanças. A principal delas talvez seja o fato de que, hoje, tudo – ou quase tudo – o que fazemos seja online. Nossos álbuns de fotos, blocos de anotações e até diários, neste século, são abertos a visitação em nome da nossa busca desenfreada por visibilidade. Nessa conjuntura, cabe refletirmos sobre o comportamento do ser humano no meio virtual que, tendo virado um escravo de “likes”, pouco se importa com as consequências de seus atos.     Em primeiro lugar, é preciso entender a problemática da exposição online. Temos uma gama de sites e aplicativos em que o único objetivo parece ser o de exibir nossas figuras – e fazemos isso com maestria. Postamos, diariamente, tudo aquilo que fazemos, comemos, pensamos. Isso gera um grande impacto coletivo, já que o rumo que estamos tomando é o de ser cada vez mais uma sociedade de espetáculo, em que cada indivíduo busca ser motivo de aplausos. Além disso, muitos problemas pessoais podem surgir, já que nossa individualidade e privacidade estão cada vez mais em risco.       Além da auto-exposição, estamos à mercê de outro perigo na internet, que é a exposição por parte de terceiros. É muito comum, por exemplo, vermos uma notícia de que alguém teve um vídeo íntimo divulgado, caso que aconteceu com a atriz Carolina Dieckmann. Isso revela que o meio virtual é encarado como um ambiente sem leis, em que se pode fazer o que quiser, sem punição. No entanto, é necessá- rio que se tenha consciência de que essa tentativa de ganhar seguidores, curtidas e fama na internet não é uma atitude inocente, mas um crime passível de graves .punições. Fica evidente, portanto, que o problema está na falta de responsabilidade das pessoas ao usar as redes. Assim, é preciso que haja uma reeducação para o uso dessa tecnologia, além do estabelecimento de punições para o crime de exposi- ção de terceiros.