Materiais:
Enviada em: 19/02/2018

Hoje em dia, o excesso de exposição no mundo virtual é crescente. Aparentemente, a exibição de qualquer atividade cotidiana pressupõe a existência, pois se não está nas redes é por que não aconteceu. Qualquer café da manhã, por mais banal que seja, é postado nas redes e curtido ou compartilhado por outras pessoas. É um mundo à parte, e que envolve problemas tão reais quanto os da vida real.       Sabe-se que essa vida virtual nem sempre reflete o mundo real das pessoas, pois imagens, vídeos e textos editados para dar graça e conseguir curtidas, diz muito mais sobre uma necessidade do ser humano em fazer parte de algo do que a respeito de sua realidade. A vida real exige o contato, a proximidade, o respeito, o conhecer o outro, o que não acontece nesse mundo conectado.       A sociedade está perdendo esse contato diário e real. Crianças que antes brincavam nas ruas agora pensam em virar blogueiras e conquistar seguidores. Os pais e seus responsáveis muitas vezes apoiam esse interesse infantil e exploram a inocência de seus filhos, pois cada visualização rende lucros e cria-se uma necessidade que antigamente não existia. Há o lado bom, pois desenvolve um talento, mas essa superexposição sem preparo emocional trará consequências.       Dependendo do teor da exposição, os usuários dessas redes são cruéis em opinar sobre o conteúdo, e muitas crianças não estão preparadas para isso. Retaliações, opiniões ofensivas e depreciativas que nem sempre passam pelo filtro dos seus responsáveis podem gerar traumas em uma criança em formação.        Com a finalidade de proteger o usuário das redes sociais e as crianças, o Poder Público deve se preocupar em criar leis que proíbam comentários pejorativos, com o devido cuidado para não coibir o direito de expressão.  Os critérios de investigação e punição para os crimes cibernéticos devem ser ampliados. As escolas, juntamente com a comunidade, levar informações aos alunos e à comunidade sobre o risco de se expor.