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Enviada em: 29/05/2018

Com a passagem do meio técnico-científico para o técnico científico informacional, o uso de celulares, computadores e suas ferramentas- os aplicativos e redes sociais, tornaram-se indispensável para o convívio e socialização humana. De fato, em uma sociedade a qual presa a superficialidade e a aparência, é incontrovertível que a superexposição vem apenas como uma consequência do uso dessa tecnologia.        A priori, é válido salientar que, como exposto por Guy Debord, a sociedade do espetáculo é pautado pelas aparências. Nesse viés, é incontrovertível que, ao se expor nas redes sociais, o indivíduo sempre mostrará sua melhor forma e, não raro, maquiando a realidade para construir uma imagem de falsa felicidade. Assim, para convencer a si e seus seguidores, a exposição torna-se cada vez maior e que passa a compartilhar com milhares de pessoas seus momentos mais íntimos- como seus relacionamentos amorosos ou lazer em família. Prova disso são os internautas que, mesmo não saindo de casa nos finais de semana, muitas vezes, se arrumam para postar fotos na internet e provocar imagem de um indivíduo com vida social e, quando realmente vai às festas, tem a necessidade de registrar tudo e publicar para seus seguidores acompanhar sua vida.        Ademais, ainda sob a mesma linha de raciocínio, a super exposição é uma consequência da difusão da tecnologia. Como exposto pelo filósofo Zygmunt Bauman, na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte. Congênere a isso, os internautas sentem-se na necessidade de compartilhar suas vidas e estarem sempre nos “feeds” do Instagram, Facebook ou Twitter como forma de ser visto pelas pessoas e, assim, como colocado, ainda, pelo mesmo filósofo, o medo da exposição foi abafado pela alegria de ser notado.        Destarte, a superexposição nas redes sociais precisa sem minimizada. Portante, é mister que as Prefeituras, em conjunto com as escolas, promovam palestras com profissionais da área da Psicologia e da Tecnologia, para pais e filhos, sobre a importância de manter a privacidade nos tempos de modernidade líquida e os malefícios que a superexposição traz aos usuários, a fim de diminuir a exacerbada exposição e dar à sociedade a privacidade que ela precisa.