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Enviada em: 21/05/2017

O desenvolvimento tecnológico trouxe impactos nos diversos âmbitos sociais, dentre eles o encurtamento das distâncias e o aumento da produtividade. Entretanto isso não é muito presente na esfera governamental que deveria evoluir simultaneamente, principalmente na democracia brasileira, a qual enfrenta vários problemas. Nesse aspecto, a falta de acesso aliada a um sistema político não adaptado agravam essa situação.            Relacionado a isso, a internet, celulares e computadores do país possuem um custo muito alto para a maior parte da população e em alguns lugares pode não estar disponível. Isso fica evidente na pesquisa realizada pelo IBGE, segundo ela cerca de 50% da população brasileira não tem acesso a internet, demostrando a falta de investimentos nesse setor em um século em que a mesma está extremamente ligada ao exercício de cidadania. Essa situação, logo, impede o surgimento da participação popular universal na rede de computadores, remetendo a democracia restrita da Grécia antiga, a qual apenas um grupo participava diretamente já que apenas os internautas possuem essa possibilidade.            Além disso, a república brasileira, mesmo sendo considerada recente, foi formada nos moldes de governos no século XIX e desde então não apresenta mudanças significativas com a modernidade. A existência de um senado que muitas vezes não atende as demandas populares e se restringe a documentos formais, e a dificuldade de aceitação de petições ou projetos de leis online propostos pela população ratificam a existência de um sistema defasado. Outrossim, a cidadania propagada se restringe, na maioria das vezes, ao exercício do voto e não mais ao debate pelo bem comum. Devido a essa conjuntura, portanto, o meio social necessita de uma reforma política para torná-lo mais representativo e adaptado à modernidade.              Desse modo, a sociedade brasileira enfrenta desafios para a evolução de uma democracia em que a tecnologia seja um auxilio, sendo importante o reconhecimento dos problemas e a adotação de medidas pelo Estado para amenizá-los. É imprescindível, destarte, que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação faça acordos com empresas de TI e de bens tecnológicos, aplicando capital para distribuir o acesso a internet de forma barata e eficiente em todo país, crie espaços em que a população poderá usufruir de computadores por um determinado tempo. Ademais, eles com o advento do poder legislativo devem criar uma rede social, cujo objetivo seja o debate, transparência e exposição de ideais, a qual a população, de forma segura e eficiente, poderá votar em projetos em transição, sendo que os mais votados devem ser colocados como prioridade. E principalmente incentivar por meio de palestras e debates promovidas por redes locais o exercício da cidadania, seja no meio físico ou virtual.