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Enviada em: 16/05/2017

A Revolução Técnico-Informacional consolidou o que Milton Santos denomina "Era globalizada". Nesse panorama, o surgimento de novas tecnologias, como a internet, impactou diretamente nas relações sociais, assim como, na configuração democrática. Outrossim, desse fenômeno mundial derivou-se mecanismos de combate às mazelas políticas, como a corrupção. Ademais, é necessário uma reflexão acerca dos efeitos desses avanços na jovem democracia brasileira.    Indubitavelmente, a difusão de inovações, com ênfase no campo comunicacional, traduz-se no molde comportamental das pessoas, sobretudo, por homogeneizar e instantanizar o sistema cultural. Nesse sentido, na política, os indivíduos tornaram-se mais participativos, manifestando os seus pensamentos a respeito das ações que tendem a interferir diretamente na organização da sociedade, a exemplo, da reforma da previdência. Logo, essa realidade revela que o ciberespaço é um ambiente com um grande potencial de esfera pública e, ainda, empoderamento cívico.     Destarte, em uma retomada histórica, no governo de Fernando Collor,  as mídias foram  instrumentos cruciais de protesto. Conseguinte, em 2005, as tecnologias auxiliaram para descoberta do "Mensalão", um grande escândalo de corrupção. Hoje,  entende-se que esses progressos, principalmente na área informacional, são importantes dispositivos de denúncia e posicionamento crítico a respeito das más condutas e estruturas políticas do Brasil.     Desse modo, as tecnologias têm expressões na democracia brasileira e devem ser pensadas a partir de suas consequências. Para tal, as instituições políticas devem aderir um governo popular, criando espaços de pesquisas relacionadas aos projetos de interesse nacional, objetivando institucionalizar o diálogo entre povo e governo. Ainda, é essencial o fomento à criação de propagandas voltadas para seleção das informações, visto que, nem tudo que consta no ciberespaço corresponde à verdade.