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Enviada em: 25/05/2017

A tecnologia assume maior relevância na democracia brasileira a partir das transformações advindas da representatividade, que estabeleceram um novo padrão frenético de democracia participativa. Tal frenesi estimula os cidadãos a se relacionarem, cada vez mais, dentro de estreitas relações de confiança dada a multiplicidade de ações realizadas nesse mundo em incessante mudança. No direito brasileiro, o regime adotado é o da democracia indireta com voto obrigatório. Este é um modelo, em que o povo elege representantes que possam defender, estabelecer, gerir e executar os interesses coletivos. Entretanto, o sistema democrático atual demonstra que esta relação entre representante e representados está bastante conturbada. De um lado, os eleitos que não conseguem suprir as necessidades do povo, visando seus próprios interesses individuais. E na outra ponta, os cidadãos irresignados por esse desvio no exercício do poder. Deve-se observar que, a situação criada produziu na contraparte - sociedade-, uma participação mais ativa nesse processo político. Deveras, em função do impacto da tecnologia de informação e comunicação, os cidadãos vem conquistando melhor o espaço das redes sociais entrelaçando discussões sobre a realidade do País, independente do local onde esteja. Deste modo, a democracia indireta já não preenche os anseios do povo, a busca por mecanismos que proporcionam um engajamento nas questões de ordem social e política, através de uma participação mais direta, como a ação popular, os tornariam interlocutores políticos legítimos. Por fim, o impacto da tecnologia na democracia brasileira trouxe em seu bojo propostas de fortalecimento dos espaços de participação, que consistiria num sistema criado pelo Ente Público ao possibilitar a análise de problemas pelos interlocutores, este sistema viabilizaria a vontade do poder coletivo, acalentando o sonho da transformação do Brasil.