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Enviada em: 22/05/2017

As novas tecnologias geram impacto social relevante, especialmente no desempenho da cidadania e da educação no complexo mundo atual permeado pela cultura eletrônica e digital. Entretanto, ainda há pouca utilização de plataformas modernas cujo objetivo é promover a interação entre o público e os assuntos da democracia. Sistemas especializados em engajamento cívico através da internet, como o Vote na Web, são praticamente desconhecidos pela sociedade brasileira. Dessa forma, o potencial de impacto da democracia virtual ainda é pouco expressivo.  O desenvolvimento e a inserção de novas tecnologias na democracia brasileira, como a urna eletrônica, permitiram o aperfeiçoamento desse modelo político, uma vez que promoveu a redução da prática do ''voto de cabresto''. Esse sistema tradicional de controle de poder através do abuso de autoridade ou compra de votos deixou de ser predominante no Brasil contemporâneo. Desse modo, a democracia, a liberdade e a cidadania do brasileiro pôde ser garantida. Apesar de as novas tecnologias assegurarem os direitos do cidadão, é evidente que uma pequena parcela da sociedade as utilizam para estabelecer diálogos com o Estado. Essa deficiente conexão com o poder público reduz a participação popular nas decisões locais e nacionais, permitindo a supremacia das vontades dos mais poderosos.   Ademais, o ponto de vista de que compartilhar ideias e notícias ou publicar opiniões em redes sociais é uma forma de manifestação democrática ativa predomina no cenário contemporâneo. Esse falso ativismo é prejudicial à democracia, pois faz com que uma parcela da população deixe de atuar efetivamente no cenário político, permitindo que os governantes perpetuem sua soberania, desfavorecendo, então, os direitos populares. Dessa forma, as novas tecnologias as quais poderiam e deveriam serem utilizadas para promover a participação do cidadão nos assuntos da democracia não têm causado o impacto devido no cenário político do Brasil contemporâneo.  O uso ineficaz das recentes plataformas, portanto, dificulta que estas impactem positivamente na democracia brasileira, visando à melhoria desta. Por isso, é essencial que as instituições de educação, principalmente as escola de ensino médio, promovam a instrução política dos alunos. Para isso, os professores se encarregariam de associar a tecnologia como um meio ciberdemocracia, fazendo com que os jovens participem ativamente das decisões políticas através de novos aplicativos. Outrossim, é interessante também que as Universidades de Tecnologia desenvolvam e divulguem mais plataformas as quais promovam a conexão entre cidadão e Estado. Além disso, é fundamental que as Câmaras Legislativas e o Senado se associem a essas recentes tecnologias, permitindo que estas tenham acesso às propostas políticas, repassando-as para a população.