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Enviada em: 18/05/2017

O surgimento da Internet, em plena Guerra Fria, ocorreu de modo a atuar como um elemento comunicativo entre as tropas americanas. Hoje, esse ideal relacionado ao fluxo de informações continua a se aprimorar, a partir do desenvolvimento de aparatos comunicativos, de maneira a modificar a forma de pensamento do cidadão. Isso ocorre não só pela divulgação de princípios governamentais como também pela adesão popular à vida pública, a partir do uso de tecnologias.         Governos autoritários, como o hitlerista e o varguista, utilizaram dos meios de comunicações, como o rádio e a televisão, para a propagação de condutas ideológicas. Tais ferramentas se desenvolveram, em especial, pelo avanço do Meio Técnico Científico e Informacional, de maneira que a utilização da internet como instrumento de controle de massas continua a ocorrer por meio das redes sociais. Nesse sentido, percebe-se que, muitas vezes, a própria propaganda democrática torna-se apenas um mecanismo de controle de massas, uma vez que qualquer lei e manifestação de ordem popular têm como desfecho a votação e apuração pelos líderes políticos.         Além disso, a homologação da Constituição Cidadã ratificou princípios legais de que “todo poder emana do povo”. Todavia, para que tal ação ocorra por meio de um Estado democrático é necessária à participação pública nas eleições aliada a integração da sociedade na aprovação de leis. Segundo José Saramago, vive-se uma falsa democracia cujo cidadão é limitado em intervir politicamente. Isso se torna evidente ao passo que a liberdade de expressão nas petições populares, por abaixo assinados, demonstram grande ativismo na internet, de maneira a influenciar inúmeros indivíduos no exercício da cidadania, entretanto a democracia estabelecida nessa ação não garante que os desejos do povo sejam realmente atendidos pelos governantes.         A utilização da tecnologia para o exercício democrático é direito legal realizado tanto pelo Estado como pela sociedade. Cabe, portanto, ao Poder Legislativo permitir que a votação popular influencie a homologação de leis, junto da Câmara e do Senado, por meio da presença de um representante responsável por apresentar a decisão do povo pelos abaixo assinados virtuais, para que o poder democrático ganhe destaque político. Outrossim, o Ministério da Educação, em parceria com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), deve instigar os jovens a terem uma maior consciência dos direitos e deveres, a partir do ensino sobre a Constituição nas escolas, mediante palestras com juízes e debates nas salas de aula.