Enviada em: 21/05/2017

Em pleno século XXI, as tecnologias tomam um espaço significativo na vida do cidadão brasileiro, influenciando, também seu âmbito democrático. Nesse sentido, ocorre de certa forma uma "revolução informacional" na qual há uma experimentação de práticas democráticas que têm como objetivo uma participação maior da população em políticas de discussões e decisões governamentais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos domicílios brasileiros passou a ter acesso à internet em 2014. Embora as novas tecnologias de informação usualmente associem-se à recreação, há expectativas na possibilidade de usá-las como forma de mediação entre Estado e sociedade através de uma esfera pública virtual, já que o cidadão espera participar diretamente na governança democrática. Torna-se mais evidente e eficaz a participação popular tecnologicamente através de plataformas como a "Participa.br" desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) que permite que mais pessoas se envolvam em processos de decisão, no qual oferecem ferramentas de comunicação para cidadãos e organizações que querem dialogar com o Governo Federal na construção de políticas públicas. Entretanto, há pontos negativos nesse processo, como a falta de organização, interesse de participação, exclusão digital, veracidade de informações, entre outros. Dessa forma, as possibilidades e limites do uso da internet no âmbito da democracia moderna tornam-se questionáveis. Em síntese, a ciberdemocracia ainda deve ser bastante estudada, tanto em patamar teórico quanto em praticidade e utilidade. Nesse sentido, faz-se necessário a possibilidade de acesso universal cada vez mais veloz, como por exemplo, através do baixo custo operacional. Além disso, monitoramento da veracidade de informações e organização de plataformas de participação popular, por conta do Governo Federal. Assim, haverá a concretização dos resultados almejados: um modelo de democracia representativa inteligente e eficaz.