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Enviada em: 19/05/2017

A Ágora do século XXI Quando Pierre Lévy filosofo e sociólogo afirma que a rede oferece e organiza mais precisamente as informações políticas, ratifica o contexto de ciberdemocracia, ou seja, a interação cidadã com os assuntos do governo. Certamente é um grande passe para a democracia e para o povo, entretanto, é necessário nivelar carências ainda existentes no cenário social e digital. Conforme um estudo do Banco Mundial, o Brasil é o quinto país do mundo em número de usuários de internet, ainda embora que 98 milhões de brasileiros não dispõe de tal acesso. Logo, torna-se ineficiente em certa parcela a liberal evolução e desenvolvimento de algumas ferramentas tecnológicas, uma vez que somente uma fração populacional garante e acompanha tais inovações e seus benefícios.  A exemplo da Ágora ateniense onde era realizadas reuniões entre todos os cidadãos para debaterem assuntos políticos e ligados à vida da Polis, podemos reiterar o que o escritor brasileiro Fernando Sabino, expõe sobre democracia: sendo como oportunizar a todos do mesmo ponto de partida, mas em que a chegada dependera de cada um, isto é, um estado transparente, presente, justo e igualitário só será possível com a prática e o apoio de toda sociedade, e não somente dos órgãos governamentais e de suas respectivas autoridades.  Em princípio, é indispensável o combate à privação informacional ofertando politicas públicas que assegurem a inclusão digital e a inserção de ONGs e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) em projetos que possibilitem tanto o acesso a rede, bem como sua utilização. Ademais, há de se considerar o desenvolvimento de distintas plataformas e aplicativos que possam dispor de ferramentas de interação política e cidadã, como também, campanhas que enfatizem e incentivem a população aos novos processos participativos no Estado. Assim, poderemos construir uma nova Ágora, a Ágora brasileira, a Ágora do século XXI.