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Enviada em: 20/05/2017

Em 1889, a mídia definiu em uma frase o sentimento da nação em meio à Proclamação da República no Brasil: o povo assistiu  a tudo "bestializado". Apesar da importância histórica, o caráter atônito e a ínfima participação na vida política da população é justificável devido a carência informacional da época. Assim, no contexto atual, o apoio das tecnologias torna-se útil à reversão deste quadro e ao apoio à uma democracia justa.      Segundo o filósofo Aristóteles, " o homem é um animal político". Com isso, a conscientização da participação democrática de cada cidadão encontra amplo suporte nas tecnologias, em especial, na internet e redes sociais. Todavia, o analfabetismo digital verificável em uma parcela da população evidencia-se como um empecilho ao ciberativismo político social. Logo, para o exercício pleno da cidadania não faz-se necessário apenas os meios digitais para se comunicar, mas também o preparo, o interesse e os mecanismos para uma inclusão democrática efetiva.    Outro fator relevante é a grande dificuldade na aprovação de projetos populares no país. Por exemplo, conforme regulamento legislativo, para que um projeto seja aceito na Câmara dos deputados, é necessário a coleta de 1,5 milhões de assinaturas (1% do eleitorado). Dessa forma, a fim de modificar essa situação, foi disponibilizado em 2017, o aplicativo "Mudamos" que consiste em recolher assinaturas, por meio eletrônico, e encaminhá-las auditadas ao governo. À vista disso, induz-se a uma participação mais coesa e ágil da sociedade.      Diante dos fatos expostos, para promover uma democracia sincronizada aos avanços tecnológicos, é imprescindível um trabalho conjunto entre centros universitários e empresas de tecnologias da informação (TI), através de Parcerias Público- Privadas (PPPs), a fim de propiciar pesquisas e criação de aplicativos que sejam complacentes à inserção e participação política e cível. Somado a isso, a contribuição da mídia e das redes sociais, como Facebook, na divulgação e conscientização destes, auxiliaram assim no fim da "bestialização" dos ideais do eleitorado do país.